Palpitacoes

Andar por Amsterdam com o termometro a bater nos 27-30 graus e' qualquer coisa de extraordinario!
Caminhar pelas ruas com socas de pelo da Gugu Shoes, e ouvir o tac-tac da madeira, e' um sensacao de leveza.
Caminhar vestindo um top de algodao e uma saia rodada, e' realmente uma sensacao de liberdade intemporal.
Usando a mala da Bea Correa, onde cabe uma Spa Reine Water, as chaves, carteira e os oculos de sol.
Trazendo na mao o Siddhartha de Hermann Hesse marcado na pagina 57 com um marcador de livros oferecido por "ele" quando voltou de Praha.
Parar num banco no Herengracht... parar. Sentar. Receber directamente no rosto e corpo a luz solar. Cruzar a perna sobre a outra. Ajeitar a saia. Beber um golo de agua. Abrir o livro. Ler. Olhar a agua. Olhar o barco que passa levando pessoas que saboreiam uma salada de frutas. Voltar a ler e olhar para o sol.
Responder educadamente as perguntas de um individuo que se senta tambem no banco e fala sobre "the dream of living in South Europe with all that sea, all that brightness and environment".
Passar pelo Oosterpark no thram e ouvir a turbolencia da musica que advem do Roots Festival. Observar a confluencia de culturas que por ali passa. Entra e sai. Entra e sai.
Chegar a Linnaeusparkweg e escrever uma carta. Duas. Alias, dois postais. Para a prima e para a amiga.
Voltar a sair e oferece-los ao marco de correio.
Regressar da casa as 21:22.
Ainda se pode andar de top e respirar o calor e o por do sol ao fundo.
Entrar em casaa, olhar pela janela e ver que a maquina dos batidos ja nao esta la, no parapeito. A casa esta em obras, o quarto tambem.
Sentar ao computador e escrever um texto.
Beber um cha. Observar o que o telemovel diz.
Diz que ha uma mensagem escrita da avo.
Diz tambem que sao 23h e que o sono aparece.
Apagar a luz do candeeiro branco e fechar os olhos a espera de mais um amanha quente, muito quente!