reality vs non-sense?! stuff?! just feelings though!

domingo, junho 18, 2006

EXTREMA DIREITA EM PORTUGAL - PARTE I

Excertos de entrevistas feitas a Mário Machado - dirigente da organizção Frente Nacional - retirados do blog In Silencio (http://insilencio.blogspot.com/):

In Silencio (IS) - O que fazes profissionalmente?
Mário Machado (MM) - Sempre trabalhei na área da Segurança, fui porteiro de um bar de strip, de 2 discotecas muito conhecidas da Capital e actualmente sou segurança particular(Body Guard).
(...)
A familia é o elo mais fraco no meio disto tudo, separei-me, tenho 2 filhos que raramente os vejo e isso tráz-me alguns problemas de índole emocional, raramente vejo os meus pais, e os restantes familiares ainda menos, por preferir quase sempre o movimento à familia, este natal por exemplo passei com 3 camaradas que não tinham para onde ir em vez de passar com a familia biológica, e preferi que os meus filhos passasem o natal com a respectiva mãe, é claro que tudo isto mexe com uma pessoa, mas acredito que um ideal está acima de tudo e que a minha familia são 10 milhões de portugueses, como tal tudo justifica as horas que abdiquei dos meus meninos para poder no futuro lhes dar a eles e a outros milhares uma vida que se coadune com os ideais que eu defendo.
E se não conseguir, pelo menos morrerei tentando e não como um cobarde que abandona o campo de batalha, cheguei a um ponto que já não há retorno!

IS - Frente Nacional e Portugal Hammerskins o que são? Diferenças entre eles e como "aderir"?
MM - A FN é um movimento político que tem como objectivo promover o activismo nacionalista e ser a locomotiva desse mesmo ideal, produzindo manifestações, conferências, propaganda, sites, jantares de convivio, estreitamento de relações com organizações congêneres nacionais e internacionais etc.
O processo de adesão à FN é bastante simples, o membro indica o proponente, tendo que necessáriamente o conhecer pessoalmente e atestar pela sua integridade, a 1 dos 10 membros da direção e estes aprovam ou não a sua entrada.
Aos activistas da Frente Nacional pede-se que estejam presentes sempre que possivel nos eventos da mesma e nestes possam contribuir com a sua dedicação e empenho para que se alcance os objectivos pré-determinados.
Nenhum membro da PHS está autorizado a falar sobre a organização e eu vou respeitar essa directiva.

IS - O que pensas da mentalidade liberal e multicultural da nossa juventude?
MM - É o que lhes impõe a comunicação social, os partidos e os lobbies maçónicos, gays e afins, quando estes cairem cai tambem na nossa juventude essa mentalidade.

IS - Umas ultimas palavras para os nacionalistas e patriotas portugueses.
MM - Ajudem-nos nesta luta que é a de salvar Portugal, antes que seja tarde demais.. Abaixo de ti, nunca!Acima de ti, nunca!Ao teu lado, sempre!


Os excertos que se seguem foram retirados de uma entrevista dada ao Correio da Manhã, dia 27 de Maio de 2005, a propósito do "Caso Coruche":

«Mário Machado, segurança, foi um dos cinco cabeças-rapadas identificados sexta-feira pela GNR de Coruche. Diz que foi ao local para ajudar a população e promete voltar com mais ‘skins’ caso os confrontos se repitam com a comunidade cigana.»

Correio da Manhã (CM) – Qual foi a vossa intenção, em Coruche, na semana dos incidentes com famílias ciganas?
Mário Machado (MM) – Queríamos apoiar a população. Achámos que estavam a sofrer represálias da comunidade cigana. Ameaçaram que se iam juntar para enfrentarem a população branca de Coruche. Como brancos, devíamos ajudar, já que as forças de segurança não correspondem às expectativas. Deslocámos cinco nacionalistas para averiguar quantas pessoas seriam precisas e qual a gravidade da situação. Fomos identificados na esplanada do café, meia hora depois de termos chegado. Não tínhamos uma única arma.
CM - Pensam voltar?
MM – Se a situação se agravar, sim. E desta vez, com mais gente. Depois da nossa presença, em Coruche, trinta pessoas registaram-se no Fórum. O que mostra que somos necessários.
CM -Mas o que é que querem fazer à comunidade cigana?
MM – Queremos que compreendam que esta não é a terra deles. Para estarem aqui têm de se comportar segundo as normas da sociedade.

(...)

CM - No concerto de Poceirão, a 7 de Maio, houve um grande o aparato policial.
MM – Que não se justificou. Não ocorreu um único incidente. Temos a preocupação de realizar os maiores eventos longe dos centros urbanos, para não sermos facilmente provocados, por agentes provocadores. Se nos deslocamos 60km, é para estarmos e deixarmos todos sossegados. Infelizmente não vi a mesma GNR em Coruche, quando a população o solicitou. Somos tratados como criminosos e os imigrantes criminosos como as vítimas. É lamentavel.
CM - Após o concerto, a GNR fez uma operação ‘stop’ que não detectou nenhum condutor alcoolizado.
MM– Seguindo o espírito de mente sã em corpo são, as pessoas não exageraram no consumo alcoólico. Os condutores que se submeteram ao teste acusaram 0,0 de álcool. Gostaria que tais operações policiais se fizessem à saída da Festa do Avante, ou das festas do Bloco de Esquerda, e que nos mostrassem os resultados.

(...)

CM - Como é que a comunidade ‘skin’ se organiza em Portugal?
MM – Noventa por cento do universo ‘skinhead’ não está organizado. Os outros 10 por cento organizam eventos a que a maioria responde.
CM - O movimento ‘skinhead’ está ligado ao Partido Nacional Renovador?
MM – Sim. O movimento está ligado a todos os partidos políticos europeus que defendam os interesses nacionais e étnicos da população nativa. Mas também existem ‘skins’ que odeiam o PNR devido a problemas internos. O movimento está mais ligado à Frente Nacional, e esta ao PNR.
CM - Por que é que vos associam à violência?
MM – Porque infelizmente se um nacionalista cometer um crime, foi um crime nacionalista. Se for um comunista, foi apenas um indivíduo. Nós não somos provocadores, somos é facilmente provocados.


PERFIL
Mário Machado, de 28 anos, entrou aos 13 para a Juventude Leonina, uma das claques do Sporting.
Deixou-se ir na moda dos ‘skinheads’, porque, diz, “gostava da maneira de vestir”.
Os livros e a ideologia vieram mais tarde. Hoje é um apaixonado por Hitler. Segurança de profissão, foi condenado, em 1997, a uma pena de prisão de quatro anos e três meses por envolvimento na morte de Alcindo Monteiro – crime ocorrido em 1995, no Bairro Alto, em Lisboa, e que levou à condenação, no Tribunal Criminal de Monsanto, de 17 cabeças-rapadas. Mário Machado consta dos registos criminais das polícias europeias.


[ Nota: Mário Machado tem um blog. Quem o quiser consultar: http://homemlobo.blogspot.com/ ]