reality vs non-sense?! stuff?! just feelings though!

domingo, junho 18, 2006

EXTREMA DIREITA EM PORTUGAL - PARTE III

Excerto de uma entrevista feita a José Pinto Coelho, dirigente do Partido Nacional Renovador (PNR), retirada do blog já referido nos posts anteriores (In Silencio):

In Silencio (IS) - Diga-nos quem é José Pinto-Coelho? Idade? Actividade profissional paralela à actividade no partido?
José Pinto Coelho (JPC) - Sou lisboeta, oriundo de uma família tradicional (segundo a catalogação da nossa cultura social), tenho 45 anos, casado e sou designer gráfico.
IS - Tem filhos?
JPC - Sim. Cinco.
IS - Quando e porquê se iniciou na politica?
JPC - Até ao 25 de Abril de 74, quando tinha 13 anos, nem sequer sabia o que era política. No entanto, por pura intuição, detestei logo essa madrugada "libertadora". Os dias e anos seguintes vieram dar sentido à minha intuição. Naqueles tempos tristemente carnavalescos do PREC – apesar de ter estado ausente por 3 anos no Rio de Janeiro – percebi bem o que era a política, tanto no sentido nobre do termo, quanto – sobretudo! – no sentido mais desprezível daquilo em que ela se pode tornar…Sem o saber, e formando-me, sempre fui Nacionalista.
(…)
Foi assim que, em 1980 me ofereci, junto da organização da manifestação do 1º de Dezembro – levada a cabo, anualmente, pela Vera Lagoa – para colaborar em qualquer coisa útil. Nesse meio cheguei ao conhecimento de dirigentes do Movimento Nacionalista, no qual me vim rapidamente a filiar e a colaborar activamente.
IS - O que distingue o PNR dos outros partidos?
JPC - Tudo! O PNR é um partido Ideológico. Doa a quem doer, os outros partidos, são partidos de carreira, interesses e conveniências. Não se comprometem com ideologias, mas pelo contrário, estão enfeudados a quem os financia, a grupos e são escravos da caça ao voto. Neste pacote refiro-me aos partidos com representação parlamentar e aos pequenos, exceptuando talvez algum de extrema-esquerda.
(…)
Ou seja, o PNR é de facto o único partido temido pelo sistema da destruição nacional, mesmo tendo uma reduzida expressão, por enquanto. O sistema, em bloco, teme o PNR, por saber bem e prever, que o Nacionalismo está para ficar; para ficar e para desinstalar os grandes inimigos da Nação.

IS - Até que ponto acredita no nacionalismo?
JPC - Até às últimas consequências! Entendo o Nacionalismo, como que a continuação natural da Família, que é a célula base da sociedade. A Nação – um povo, um território, e uma organização política (Estado) – são uma construção natural, baseada em fortes laços culturais, étnicos e históricos. Um passado comum e um futuro comum, tal como numa Família. Um modo de ser, de estar, de sentir, que lhe é próprio, tal como numa família.Por esse motivo, ao contrário da propaganda mentirosa do politicamente correcto, um Nacionalista não odeia os outros povos. Pelo contrário! Tem o mais profundo respeito pelas outras Nações, porque ama a sua e quer que os outros também a respeitem.
IS - Qual é a posição do PNR em relação ao aborto?
JPC - (...) PNR, defende a Vida acima de tudo! O PNR não alinha em políticas de degradação do ser humano e da sua dignidade, por isso a posição oficial do PNR é contra o aborto e pela Vida.

IS - E ao casamento e adopção de crianças por "casais" homosexuais?
JPC - Aplicando os princípios de clareza expostos na resposta anterior e que orientam as posições do PNR, também aqui não temos posições tíbias.É bom lembrar que o PNR levou a cabo, no passado dia 17 de Setembro, uma manifestação pública contra o lóbi gay e as suas nefastas pretensões… Foi sobejamente referido que não somos contra aquilo que cada um possa fazer na sua vida privada, pois horroriza-nos o puritanismo hipócrita, mas defendemos valores e princípios. Por isso defendemos a família! Ora sendo nós um partido afirmativo, com ideologia e com causas, é natural que nos oponhamos frontalmente a toda e qualquer tentativa de destruição e corrosão dos valores humanos e sociais.Assim, entendemos que não existe casamento de homossexuais. Chamem-lhe o que quiserem, mas não podemos aceitar uma ofensa e uma banalização à instituição casamento, que só faz sentido na ordem natural das coisas, e isso só se dá entre homem e mulher. Quanto à adopção de crianças por homossexuais, isso então, é o culminar da degradação e do atentado aos valores! O lóbi gay, em uníssono com a esquerda, está apostado em semear a ditadura do relativismo e do tanto faz, destruindo e desmontando tudo o que sejam os valores. Já imaginou o trauma de uma pobre criança ao ser "educada" por homossexuais? Já imaginou o penoso que será para ela dizer que o pai se chama António e a "mãe" se chama Pedro? Ou que a mãe se chama Ana e o "pai" se chama Paula?

IS - Para o PNR os imigrantes são uma espécie de inimigo da nação?
JPC - Não! O inimigo da Nação, não são os imigrantes, pois esses sempre existiram e existirão, tal como existem emigrantes. O inimigo da Nação são os próprios dirigentes e governantes que permitem e incentivam esta invasão para satisfazer os seus interesses. Claro está que, nessa medida, os imigrantes acabam por ser o inimigo "material". Isso não significa que se aplique a todos os imigrantes. Sucede é que estamos perante uma verdadeira invasão! Uma ocupação física da nossa Pátria. E isso é muito grave! O assunto da imigração tem que ser tratado com seriedade, percebendo-se quem devemos aceitar como imigrante, em que áreas laborais, em que locais geográficos, em que condições, etc., e não desta forma irresponsável e criminosa de política de portas abertas. Os grandes inimigos são, por isso, os diversos governantes e as diversas organizações pró-imigração/invasão.
(…)
Nada temos contra um imigrante se for pessoa honesta e respeitadora, mas não podemos tolerar que haja imigrantes que não respeitem ou que hostilizem o país que os acolhe. Além disso, nunca podemos prejudicar o nosso povo em nada por via da imigração.Sucede é que o fenómeno da imigração dos últimos anos, já deve ser classificado como invasão. Isso é grave e perigoso.
(…)
Há 2 anos atrás o PNR fez uma campanha, intitulada "Portugal envelhece e morre" que referia justamente este tipo de problemas. Advertíamos já então para o perigo real de nos tornarmos minoria dentro da nossa casa. Isto é inaceitável! Não podemos consentir no suicídio de uma Nação, patrocinado, ainda por cima, com o dinheiro dos nossos impostos!Será que este sistema irresponsável, – governantes e organismos – não aprendem com o vandalismo dos "jovens" em França, ou com o terrorismo levado a cabo em Londres, por "ingleses" muçulmanos? Não aprendem com o Kosovo e com a Bósnia?Só os Nacionalistas saberão pois, inverter o rumo nefasto dos acontecimentos. Fica então claro que nada temos contra a imigração ou algum imigrante em particular. Temos isso sim, e muito, é contra a invasão, ocupação física e desrespeito dos invasores e dos responsáveis por essa invasão.

IS - Portugal vive uma crise de ética e de valores. Pensa que os mesmo se têm vindo a perder com o aumento do multiculturalismo?
JPC - As questões anteriores, acabaram de certa forma por focar este aspecto. Quero no entanto, concretizar, alertando para os dois grandes perigos que afligem Portugal e as restantes pátrias europeias: a mundialização capitalista e a mundialização multicultural. São estas duas formas de internacionalismo – artificial e arbitrário – que se digladiam contra o Nacionalismo – natural e genuíno – e que ameaçam a continuidade e harmonia das nações europeias. (…) Isto significa que a destruição dos valores e a política de tábua rasa, consubstanciada na ditadura do relativismo, é obra destas duas vertentes internacionalistas, onde a imigração (migração/invasão) é apenas uma das faces.

IS - Se pudesse tomar 5 medidas imediatas em relação ao nosso pais quais seriam?
JPC - (…) Assim sendo, elegeria talvez estas seguintes áreas/objectivos onde houvesse uma prioritária tomada de medidas.
1 - Rever a política demográfica: combater o envelhecimento do povo português, combater a desertificação do interior, apoiar a natalidade de portugueses, sobretudo nos locais desertificados, fechar as portas à imigração e repor as fronteiras;
2 - Moralizar as instituições: cortar drasticamente o despesismo público em tantas inutilidades, interesses sectários e mordomias, quer a detentores de cargos, quer a instituições, utilizando esses meios no apoio às famílias e aos reformados;
3 - Reanimar o tecido produtivo nacional: proteger o tecido empresarial nacional e por conseguinte o emprego e os trabalhadores. Garantir salários mínimos condignos e benefícios fiscais para as empresas portuguesas, nomeadamente aquelas que garantam mão-de-obra nacional e sobretudo que contribuam para a fixação e retorno das pessoas em zonas do interior; 4 - Apostar nas energias alternativas: tornar Portugal o mais independente possível em termos energéticos, aproveitando a imensa potencialidade geográfica, os mares, e estudando seriamente as vantagens da energia nuclear.
5 - Restabelecer a segurança: combater de forma eficaz a criminalidade, com determinação e vontade política de o fazer. Garantir a eficaz actuação por parte das forças da ordem e a consequente actuação por parte da justiça. Devolver a dignidade aos polícias, munindo-os de meios e devolvendo-lhes autoridade.
IS - O que é a juventude Nacionalista?
JPC - É o organismo juvenil do PNR, à semelhança de qualquer organização política. (…) Os jovens de hoje, são os homens de amanhã, e nós Nacionalistas, não nos podemos dar ao luxo de desperdiçar e passar ao lado deste imenso potencial humano.Se não os cativarmos, doutrinarmos e mobilizarmos hoje para o nosso combate, uma coisa é certa: a imensa maioria deles perder-se-á definitivamente para outros partidos ou para um eterno encolher de ombros burguês e de indiferença em relação aos destinos e descaminhos da Nação.

IS - Por fim que mensagem quer deixar aos leitores deste blog e todos os jovens em geral, nacionalistas ou não?
JPC - Não aceitem o "pronto a pensar"! Não aceitem de modo acrítico e "carneiro", as "informações", as "verdades", os "estudos" e os "números" que o monstro do Sistema nos impinge diariamente.Pensem pelas vossas cabeças! Questionem as posições oficiais da ditadura do pensamento único, associem vivências, experiências, informações diversas e formem as vossas convicções. (…) Não cedam terreno perante os inimigos da Nação e dos valores e não se conformem com teorias do "mal menor". O mal é sempre mal; e de mal menor em menor, ao fim de algumas décadas encontramo-nos no pior dos males: a ameaça da perda da identidade, da sobrevivência enquanto Povo e Nação, a ameaça da perda da memória colectiva e das raízes. Reajam! Não virem a cara ao combate! É agora ou nunca! Quanto mais tarde, pior. O futuro da Nação Portuguesa depende de um pouco de cada um de nós, mas de todos nós! Não deixemos que a Mãe-Pátria sofra mais e morra. Os filhos da Nação são agora chamados à revolta e à sua defesa! Portugal não morrerá! É a hora!

7 Comments:

Blogger El-Gee said...

o anterior só diz barbaridades. este, apesar de eu discordar com ele em quase tudo (especialmente na questão da imigraçao), é, parece-me, uma cabeça inteligente que pensa por si. No entanto, obviamente, perigosissima.

segunda-feira, junho 19, 2006 10:04:00 da manhã

 
Blogger m said...

Há uma teoria de que Portugal deveria, na História ter ficado anexada a Espanha.
Não sei exactamente se teríamos mais ou menos vantagens, mas a possibilidade de haverem mais vantagens para Nós é bem real.
Não quero com isto dizer que preferia ser espanhola (até porque, por exemplo, simpatizo pouco com a língua deles), porém é algo que nos pode fazer pensar como seria.

Quanto a este post sobre o Sr. Pinto Coelho, concordo que, apesar de todos os seus ideais, ainda consegue ser minimamente inteligente ao explicá-los - até consegue fazer parecer que algumas das suas ideias teriam alguma lógica e razão na nossa sociedade (não sei como, mas até parece ter esse poder, chamem-lhe demagogia ou não).
Mas lembrei-me de uma outra questão:
Como é possível ele ser Designer Gráfico??!
Tendo em conta todas as suas ideias, não poderia haver profissão que encaixasse mais incoerentemente na sua vida.
Sendo um Designer sinónimo de criatividade natural, abertura mental e artística...

E qual o motivo para ter tanto desprezo pelo multiculturalismo e por cores de pele diferentes na Europa?!
Sendo precisamente, a influência disso tudo, um motivo de enriquecimento de um povo, de uma cultura, dos indíviduos, de uma Nação!

segunda-feira, junho 19, 2006 12:43:00 da tarde

 
Blogger El-Gee said...

acho que nao vale a pena debater as ideias dele. sao bárbaras. no entanto, ele é livre de as pensar e publicar (e eu de continuar a achá-las bárbaras).

para além do racismo, que considero intolerável, a mim o que me faz confusão é este amor todo pela "pátria". Porque é que havemos de ter mais amor por uma pessoa só porque nasceu dentro do mesmo limite fronteiriço (e relembro que as fronteiras são criações humanas)?

Eu tenho amor pelo Ser Humano (e pelos restantes seres vivos, de resto)e não o distingo por cor, nem origem nem - disparate pegado! - nacionalidade!!

Salvar a pátria? Será que salvar a pátria - ou será: os habitantes da pátria? - justifica fechar fronteiras e ver balsas de africanos naufragarem diariamente no Mediterrâneo?

Como se pode "amar a pátria" e desprezar o Humano?

Só por egoísmo e por sobrevivência: salvar a pátria e, através dela, salvar-me a mim.

Será o Nacionalismo um driver de sobrevivência económica, na sua génese?

(Relembro que o apogeu do nacioalismo - sec. XIX - se dá por motivos de sobreviência militar e nada mais)

segunda-feira, junho 19, 2006 3:31:00 da tarde

 
Blogger m said...

O grande problema é que estas pessoas não sabem o que verdadeiramente o Nacionalismo.

Referem-se às suas ideologias como sendo simplesmente de cariz nacionalista, mas acabam nitidamente por as associar - ainda que os mesmos muitas vezem o neguem - ao racismo, ao fascismo, ao quase extremismo e até mesmo ao nazismo.

O verdadeiro sentido do Nacionalismo, segundo me consta, deve, ou deveria dar prioridade à Nação, e defender toda a sua identidade cultural e histórica.
Isto tudo aplicado à nossa realidade, claro.

Porém, isso não acontece, ou pelo menos não aconteceria se estas pessoas estivessem no Governo.

O Nacionalismo surge do amor ou da vontade pelo dominio de todo um povo perante, ou até às fronteiras do outro.
Daí surgirem lutas sociais, raciais, preconceitos sexistas e xenófobos, e até mesmo, uma arrogância e consequente ignorância generalizada.

Qual a vantagem em contribuir para o orgulho exacerbado, a inveja e a arrogância numa sociedade?

Este Sr. Pinto Coelho acha que a Europa deveria ser branca, mas logo de seguida afirma nada ter contra pessoas de outras cores.
Como isto é possível?

Pensemos nos casos do Médio Oriente e da Coreia do Norte.

segunda-feira, junho 19, 2006 6:35:00 da tarde

 
Blogger m said...

pequena nota (leia-se, elogio) para el-gee:
o senhor meu pai acabou de ler o teu último comentário e aplaudiu alegremente, mostrando interesse em ler mais coisas escritas por ti.
Só não comenta por aqui, porque diz não ter paciência para se "meter nesta moda dos blogs".
lol
mas eu fiz questão de transmitir o elogio.

segunda-feira, junho 19, 2006 7:46:00 da tarde

 
Blogger El-Gee said...

fico contente pelo seu apreço! cheira-me que ele anda à procura do EU Europeu lol

terça-feira, junho 20, 2006 2:02:00 da tarde

 
Blogger m said...

loll tinha pensado nisso!
tenho de o mandar para lá! vai ficar feliz!

terça-feira, junho 20, 2006 3:27:00 da tarde

 

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