reality vs non-sense?! stuff?! just feelings though!

sexta-feira, junho 23, 2006

O Rabino que canta...


[ Matisyahu ]


Ontem estive no concerto de Matisyahu com o meu prezado amigo e colega da blogomania (ainda que um pouco ausente), Damon Martin - a propósito, obrigada pelo convite e pelo bilhete.
Confesso que reggae não é dos meus estilos de música preferidos, mas consigo ouvi-lo com interesse e animação sem qualquer problema.
O que eu menos gosto no reggae? O facto de ao longo dos anos ser bastante repetitivo, acabando por, de certa forma, esgotar-se em si mesmo não tendo por isso adquirido grandes inovações.
Mas o "reggae" de Matisyahu é diferente.
Na primeira parte tocou uma banda reggae nacional, com alguns toques de ska e dub pelo meio. Foi agradável!
Suponho que a banda fosse toda de Cascais, mas até não me pareceram ser os típicos meninos que resolvem formar uma banda com uma onda muito discontraída e diferente, só para fazerem género. Estes tocavam mesmo e notava-se que são empenhados.
Não consegui perceber o nome do grupo - ainda que tenha sido supreendida pelo facto de o guitarrista ser primo de um primo meu e eu ter passado alguma parte da minha infância a conviver com ele, mas o tempo e a vida afastaram-nos.

Matisyahu!... gostei!! Foi um bom concerto!
Percebi o tal "reggae" diferente que ele transmite. Há muito rock à mistura. A bateria reina! Os acordes originais e melódicos da guitarra surpreendem! A sua voz ecoante entoa sons únicos! As letras transportam consigo uma revolta desconcertante.
O facto de se assumir como judeu confere-lhe uma certa irreverência.
O concerto teve dois momentos altos: um grande e contagiante solo do baterista (como eu adoro bateria!) e uma parte mais calma que incluiu um chill-beatbox com a ajuda de dois rappers convidados (que pareceram-me serem portugueses).
Destaco ainda o poder de observação de Matisyahu. Parecia querer olhar para cada pessoa ali presente e esboçar o seu sorriso.
Não comunicou muito com as palavras, mas fê-lo agradavelmente com o seu olhar.
A parte má - outra das que igualmente menos gosto no reggae - é o facto de se perceber pouco ou nada do que está a ser cantado devido à dicção e à tentativa de aproximção ao inglês jamaicano, bastante imperceptível.

Bons momentos!


Pequeno apontamento: é de referir que Damon Martin esteve o concerto todo rodeado por uma comunidade nórdica. Eu estava mais para outro lado, por isso não estive tão inserida na dita comunidade. Era vê-lo no meio de louros(as), altos(as) - eles não tinham menos de 1.90m - que tagarelavam num idioma curioso e que dançavam de um modo não menos curioso e cómico. Ele por sua vez, coitado, lá tentava criar o seu espaço no meio daquele reboliço, mas parece que conseguiu.
Por fim, destaco o batimento de palmas de Damon Martin.
Caros leitores, se algum dia o encontrarem num concerto não fiquem ao seu lado, pois ao bater palmas ele excede-se um pouco e abre as mãos para os lados de uma maneira incrível, só para executar um estridente clap clap.

1 Comments:

Blogger m said...

agora sim, já tem o texto!

sexta-feira, junho 23, 2006 2:10:00 da tarde

 

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