reality vs non-sense?! stuff?! just feelings though!

terça-feira, julho 25, 2006

verano


[ Carrapateira by me ]


A imagem do sossego, do verdadeiro descanso, da natureza, da serenidade, do ruído único das ondas, do brincar do vento, da melodia do caminhar na areia e da alegria no nosso rosto, isso... está longe!

Seguem-se o movimento, o cansaço, os vícios, as agitações, a música bem acordada e alta, o esforço, as poucas horas de sono, a falta de conforto, a falta do lar, a descoberta e a postura desconhecida perante o diferente e o distante até então. A autodefesa e o autocontrolo postos à prova, muito longe de casa!

But home is where your heart is (ou não...)

quinta-feira, julho 20, 2006

!


[ soldado israelita perto da fronteira no sul do Líbano - in Publico ]

Qual será o som da guerra ?

segunda-feira, julho 17, 2006

de battre mon coeur s'est arrété

Nos cafés, bares e pubs da cidade sente-se o cheiro a cigarros pelo ar, vê-se o fumo a inundar os espaços, ouve-se a conversa alta, o bater dos copos de vidro pesado na mesa, a música ora evaporada, ora enérgica, a água a correr das torneiras das wc...
Sente-se a brisa que corre quando a porta se abre trazendo consigo a arajem da rua.
Percebe-se quem sorri, quem discute, quem esquece, quem viaja, quem grita.
Encontram-se os empregados ora distraídos, lentos e impacientes, ora atentos, impulsivos e extasiados.

Aparecem alguns portadores de uma adrenalina contagiante e algo bizarra, prontos para ir dançar a seguir, meterem-se numa confusão, arranjarem miúdas giras ou homens, prolongarem-se por um after hours, ou simplesmente não terminar por ali.
Há sempre umas louras.
Há sempre alguém que bebe uma 7up e gesticula muito a falar.

E o ambiente continua alto, severo e com bastante fumo!

Alguém saiu agarrado a um telemóvel a chorar...

domingo, julho 16, 2006

mestre

« O Homem não nasce para trabalhar. Nasce para criar, para ser o tal poeta à solta. »

« Quero convidar todas as pessoas a vadear pelo mistério. »

« Um país governa-se com três s : sustento, saber e saúde. »


[ Agostinho da Silva ]

sábado, julho 15, 2006

desabafo do dia


[ in http://facehunter.blogspot.com ]


Foi através desta fotografia que fui buscar inspiração para ontem, às 23h, abrir o armário, pegar naqueles jeans que não visto há uns tempos, segurar numa tesoura e... obter um resultado parecido com aquele (não tão curto por uma questão de preferência)!

Chama-se a isto: reinventar ou reaproveitar.

sexta-feira, julho 14, 2006

o país

Encontrei umas folhas em casa que foram recentemente impridas de um e-mail que o meu pai recebeu (um daqueles muito "forwardados" e sem autor especificado).
Estive a ler as extensas cinco páginas e achei que muitas daquelas constatações sobre o estado do nosso país estavam acertadíssimas.
Resolvi então transcrever algumas (no meio de umas setenta ou mais) - as que achei mais interessantes, cómicas e bem reais, assim como a introdução e conclusão dessa mesma lista:

« Cá por mim, vou pôr uma bandeira na janela, quando:

- Portugal deixar de ser o país da Europa com maior índice de abandono escolar, analfabetismo e corrupção.
- Se construirem menos Centros Comerciais maiores da Europa do que Centros de Saúde, Hospitais, Escolas e Infantários.
- Na ESBAL, os alunos não tenham de ir para as aulas com um balde, para apanhar a água que escorre dos tectos.

- Não se tiver que retirar os pianos de uma sala de uma Escola Superior de Música, porque o chão ameaça cair.
- A polícia deixar de fingir que não vê as lutas de pit-bull nas diversas Trafarias deste país, bem como as corridas a 250 Km/hora em várias Pontes Vasco da Gama do país, às sextas à noite.
- Os portugueses perceberem que as figuras do Contra-Informação não são caricatutras, mas o retrato fiel das pessoas retratadas.
- Os jornais, revistas, programas de rádio e de televisão, chamados de desportivos souberem que além do futebol, se praticam mais de 347 outros desportos e que mesmo no futebol, há outros clubes além do Sporting, do Benfica e do Porto.
- Não houver nenhum 1º Ministro que tenha a lata de abandonar o país à má fila, em plena crise, para ir sôfregamente atrás de um qualquer tacho mais alicante.
- A gripe das aves não tiver direito a mais do que um minuto de tempo de antena, por mês, incluindo a informação de que morreram um indonésio e dois chineses, quando nos cinco segundos que demorou a notícia, morreram mais de 700.000 pessoas com outras 250 doenças e 300.000 crianças morreram de fome, de malária e de cólera em África.
- Nenhum governante tiver o desplante de dizer " abriu a época oficial de incêndios".
- A TVI encerrar por total falta de audiência.
- A maioria dos jornalistas souber falar e escrever português, e deixar de fazer constantemente perguntas idiotas aos entrevistados.
- Houver tantos portugueses que saibam quem são, a Maria João Pires e a Helena Vieira da Silva, como os que sabem quem são o Pinto da Costa, o Valentim Loureiro, o Manuel Luís Goucha, a Cátia Vanessa, a Quicas Van Zeller e o Mantorras.
- Houver no estrangeiro tantas pessoas que conheçam o Eusébio, m Mourinho, o Figo, o Cristiano Ronaldo, como o Camões, o Maestro António Vitorino de Almeida, o Fernando Pessoa, e muitos, muitos outros que não deram um pontapé na bola.
- Nenhum ministro, nenhum professor, nenhum jornalista disser tênhamos ou póssamos.
- Figuras ridículas do tipo Zés Castelo Branco, Cinhas e outras Jardins, Hermans Josés (pós 1995), Lilis Caneças e mais 5000 figurinhas destas que aparecem na televisão e nas revistas, bem como os Editores das mesmas, estiverem internadas em Unidades de Saúde Mental.
- Encontrar num restaurante ou num café em Portugal, mais empregados portugueses do que brasileiros.
- Os morangos com açucar sejam exclusivamente uma sobremesa.
- O futebol voltar a ser um desporto.
- No dia da partida para o Rali Lisboa-Dakar, a primeira página d' A Bola (que tem a lata de se chamar jornal desportivo), não seja totalmente preenchida com uma fotografia gigante do Nuno Gomes e o título "O Homem do Ano".
- Nas Escolas de Conduação se ensinar as pessoas a conduzir, em vez de ensinar a fazer inversão de marcha. a arrumar o carro e não deixar o carro ir a baixo.
- Os meus filhos e todos os portugueses da sua geração puderem planear a vida a mais de três meses, e os meus netos e os dos outros portugueses, tiverem alguma perspectiva de viver um futuro com dignidade.
- E por fim, quando conseguir uma consulta de oftalmologia no Hospital Egas Mniz, que pedi há mais de um ano.

No dia em que isto tudo, ou quase tudo isto acontecer, juro que ponho bandeiras de Portugal bem grandes em todas as janelas da minha casa (se ainda tiver casa, se a casa ainda tiver janelas e se Portugal existir).

Até lá, fico recolhido em casa com as janelas bem fechadas, cobertas com cortinados bem opacos.
Profundamente envergonhado. »

quinta-feira, julho 13, 2006

Natureza


[ Florida, USA ]


Que visão!
E ponho-me a pensar, qual o direito que temos em desfrutar aquele espaço, aquela pureza, aquele sonho...

A natureza dá-nos tanta coisa. Não seria justo nós também lhe darmos algo?
Não damos...

quarta-feira, julho 12, 2006

Danke schön Österreich !



O Zidane lançou a moda. Agora só nos resta usá-la no dia-a-dia!
;)

terça-feira, julho 11, 2006

a palavra

Actualmente ninguém se preocupa muito com uso da sua palavra como garantia de algo - de um sentimento, de uma promessa, de um simples acto de conforto e amizade.

« De palavra de honra » é uma expressão que ainda menos se usa.

É uma pena, porque sente-se essa falta de palavra por parte das pessoas no dia-a-dia.
Isso origina esquecimento, desfasamento, falta de honestidade e amizade.

As educações aqui, têm um papel fundamental e influenciam cada um de nós e a mentalidade do ser oposto.

Poucos jovens cumprem verdadeiramente a sua palavra, normalmente sem haver qualquer tipo de justificação para isso.

As relações humanas desvalorizam-se constantemente por culpa de uns e de outros (não culpemos mais ninguém por favor!).

Custa cumprir a palavra e aparecer para ajudar o amigo ou simplesmente ir tomar café com ele?
Para a maioria custa, porque hoje passa o último episódio da telenovela.

segunda-feira, julho 10, 2006

Youth




« some of them come now
some of them running
some of them looking for fun
some of them looking for a way out of confusion
some of them don't know what to be
some of them don't know where to go
some of them trust their instincts that something's missing from the show
some don't fit society,
insides are crying low
some of them teachers squash the flame before it had a chance to grow
some of them embers do glow
them charcoal, hushed and low
some of them come with the hunger suppressed, not fed
them feel a death blow

young man, control in your hand
slam your fist on the table and make your demand
take a stand
fan a fire for the flame of the youth
got the freedom to choose
better make the right move
young man, the power's in your hand
slam your fist on the table and make your demand
you better make the right move... »


[ Matisyahu - Youth ]

Eu e a menina dos voos !

- Vueling boa tarde! - atende a menina com o maior ar de "que chatice, mais um telefonema!"
- Boa tarde! - respondo eu com um sorriso - Queria uma informação sobre a alteração de um voo. É possível? Pode ser consigo? - Concluo eu ainda com a amabilidade de perguntar se poderia ser...
- Só um bocadinho... - ainda com aquele ar de "que chatice pah!"
- Ok, obrigada.

Passado uns bons minutos, lá aparece a menina ao telefone outra vez...

- Olhe, é assim, pode ligar mais tarde? É que ela não pode atender agora, 'tá ali com uma senhora e depois vai almoçar.
- Hum... ah ok, mas daqui a quanto tempo? - respondo eu com o maior ar de espanto.
- Mais tarde. E olhe, 'tá a ligar de onde?
- De Lisboa.
- Ah 'tá bem. - diz a menina com um tom de "Ah! 'tás a ligar de Lisboa... então é na boa, assim gastas pouco na chamada gaja e nós não temos de nos chatear e ter de te pedir o número para te ligarmos mais tarde, como normalmente até se faz nestas empresas supostamente sérias!"
- Então boa tarde, com licença. - termino eu o telefonema.


Após este momento, passei os minutos seguintes a repetir a frase "isto não é normal!" vezes sem conta.
Ora um cliente, ainda por cima simpático, liga para um balcão de uma companhia aérea de low-cost quase insignificante em terras lusas, a pedir uma simples informação sobre a alteração de um voo... e é tratado como se fosse um chato qualquer?

É que a menina demonstrou não ter o mínimo de paciência para me atender.
Resolveu então pedir-me para ligar mais tarde (procedimento normalíssimo numa empresa!), porque a outra estava a atender uma pessoa e depois ainda ía almoçar.

Será que ninguém consegue ter o mínimo de educação ou de simpatia enquanto trabalha no atendimento ao público?

Agora vou ligar "mais tarde" e sempre quero ver se não me dizem que a outra está a lanchar...

domingo, julho 09, 2006

Que fazes aí pequenino ?



... posso ir buscar-te ?

mensagem de telemóvel de domingo:

« Já me tou farto de rir com a merda do guia, isto é lindo! Usam e abusam da ironia e da hiperbole! lol "Plaça de Catalunya - desde jovens de mochila às costas até grupos de turista deambulam pela praça. E, para culminar, aqui 'vivem' 25 pessoas, na maioria imigrantes sem casa." lol tens de ler o resto! »

[ by L.A. ]

sexta-feira, julho 07, 2006

tortura da morte

E quando se sabe que alguém está prestes a morrer devido a uma doença em fase terminal...

Aos mais próximos basta apenas dar o típico abraço, dizer a típica frase e apertar a mão com força?
Como agir? Será que nestas alturas temos de seguir os tais códigos de conduta ou as tais convenções sociais?

Como transmitir força a uma futura viúva, que ainda por cima é portadora de uma forte carga espiritual interior?

A minha mãe "ensinou-me" (devido a uma forte experiência pessoal e alguma fé católica) que devemos ter pena e apreço pelos que vão e não pelos que ficam cá.
Não sei se consigo pensar assim, mas talvez tenha razão, porque nós ficamos entregues a todas as coisas boas e más da vida, à alegria e à tristeza, ao bem-estar e aos problemas - conjunto de boas e más sensações.
(E , não será que eles viverão ainda melhor?)

Dar a nossa opinião céptica e "positiva" sobre a morte poderia ajudar, mas será apropriado?

Não nascemos com um livro de instruões que nos poderá preparar para situações destas, nem nascemos preparados para sequer lidar com estas situações.
Quando surgem, queremos esconder a cabeça na almofada e fechar os olhos, chorar, gritar, não pensar em nada negro e triste.
Mas temos de estar lá a apoiar, o nosso reconforto tem de estar presente, ainda que nos faça confusão, ainda que não gostemos ou não saibamos de maneira nenhuma como lidar num momento desses.

quarta-feira, julho 05, 2006

A chucha do Totti


[ Francesco Totti ]

Queria ver a Alemanha na final, não gosto do jogo italiano.

Mas a equipa do "baby Totti" não perdoou, por isso Parabéns!

Só esperamos encontrar-vos no domingo em Berlim!

terça-feira, julho 04, 2006

MUNDIAL: Hino a Portugal !

Então é assim meus amigos, vamos lá levantar das cadeiras, levar a mão ao peito e entoar de acordo com a sonoridade do nosso hino:

Herói Maniche,
Pobre Deco,
Nação do Figo imortal.
Levantai hoje denovo, o Scolari de Portugal.
Entre o Costinha da memória,
o Pauleta espera por nós.
Com os vossos golos pra nós,
que hão de levar-nos à vitória.
Às armas! Às armas!
Pelo Ronaldo lutar.
Às armas! Às armas!

Pra ver se vamos ganhar!
Contra os adversários lutar lutar!

... E o Mundial ganhar! Ganhaaaaar!

You are Invited !


[ We are Scientists ]


Para além dos (meus) esperados Bloc Party, Yeah Yeah Yeahs, Broken Social Scene, !!! (chk chk chk)... estão também confirmados os nova-iorquinos We Are Scientists (entre muitas outras bandas supreendendentes, claro)!

Lá estaremos em Paredes de Coura com toda a vontade de ouvir, sentir e respirar.
Nem que para isso seja mesmo preciso fazer uma mochila, comprar um bilhete de comboio e fugir por uns dias...
;)

Aborto

in Publico:

« Um médico, uma sua empregada e três mulheres suas clientes foram hoje condenados pelo crime de aborto, no Tribunal de Aveiro, que refez um acórdão de 2004, cumprindo decisão do Tribunal da Relação de Coimbra.
O médico foi condenado em cúmulo jurídico a quatro anos e oito meses de prisão, com perdão de um ano. Uma sua colaboradora foi condenada como cúmplice a um ano e quatro meses de prisão, com pena suspensa por três anos, enquanto três mulheres foram condenadas pelo crime de aborto a seis meses de prisão, com pena suspensa por dois anos.
Durante o julgamento de 2004 várias personalidades e organizações a favor da despenalização do aborto manifestaram-se junto ao tribunal, o que suscitou reacções do bispo de Aveiro, D. António Marcelino, acusando-as de tentarem pressionar o colectivo de juízes. »

Como acabar com situações destas de uma vez por todas?
Até que ponto é que isto é um crime?
Cheguemos a um consenso... senhores da Igreja, do Governo e do Povo.

Sri Lanka


[ in Publico ]

A inocência desta criança que se esconde no sarong do pai desconhece completamente a possibilidade da tentativa de Guerra Civil no seu território.

« Porque é que os Grandes fazem coisas destas e não ficam sossegados ? »

Baby, are you happy like this ?


[ Abel Xavier ]

segunda-feira, julho 03, 2006

cuscus inventivus infantilivus

Há uma apetência muito conhecida entre o ser humano e em especial entre o ser português que se poderá designar por: cusquice.

Essa apetência natural para a cusquice engloba muitas outras apetências co-relacionadas a esta, desde a necessidade de inventar dramas indianos ou novelas mexicanas, à facilidade de dramatizar constantemente e à simples tendência de ver filmes ou histórias quando elas realmente não existem, ou nunca existiram, ou nem irão sequer existir.

Muitos de nós conhecemos isto. Temos sempre alguém próximo que reúne todas ou algumas destas características. Ou até nós próprios somos assim.

Isto tudo para chegar à rápida conclusão de que, se alguém do sexo feminino se encontra a falar com alguém do sexo masculino em público, está imediatamente sujeito a que as pessoas conhecidas partam logo do princípio que haverá ali naquela simples conversa algum suposto "clima" ou qualquer tipo de ligação.

Qual a necessidade de inventar quando não se sabe, ou quando simplesmente não se passa nada disso?

Será de facto a tendência para a cusquice um passatempo psicológico do século XXI?

É possível duas pessoas de sexos opostos estarem a conversar animadamente sem terem qualquer tipo de interesse físico ou amoroso um pelo outro, e estarem simplesmente a ter uma conversa interessante ou que lhes esteja a dar prazer?

Claro que é... só não se percebe porque é que a partir de um simples pressuposto estúpido, tem de se estragar tudo e usar-se as capacidades inventivas para fins patéticos do foro da cusquice.

Haja paciência!

domingo, julho 02, 2006

?

E quando apetece fazer a mochila e fugir...
Para onde vamos?
Comboio calha sempre bem. É barato. É cómodo. É suave. É apelativo.
E vamos sozinhos?
Porque não? Para quê ter medos?
E estamos a fugir a quê?
À rotina. À familia. Aos amigos. Aos namorados. Ao país. Ao passado.
E sabe bem?
Muito bem, porque a adrenalina consome-nos. A leveza de espírito povoa-nos o corpo. O instinto cognitivo acelera. A boa disposição (melancólica) cresce.

E se a felicidade estiver lá, mesmo que só naquele momento?

Vai.