Excerto de uma entrevista feita a
José Pinto Coelho, dirigente do
Partido Nacional Renovador (PNR), retirada do blog já referido nos posts anteriores (
In Silencio):
In Silencio (IS) - Diga-nos quem é José Pinto-Coelho? Idade? Actividade profissional paralela à actividade no partido?
José Pinto Coelho (JPC) - Sou lisboeta, oriundo de uma família tradicional (segundo a catalogação da nossa cultura social), tenho 45 anos, casado e sou designer gráfico.
IS - Tem filhos?
JPC - Sim. Cinco.
IS - Quando e porquê se iniciou na politica?
JPC - Até ao 25 de Abril de 74, quando tinha 13 anos, nem sequer sabia o que era política. No entanto, por pura intuição, detestei logo essa madrugada "libertadora". Os dias e anos seguintes vieram dar sentido à minha intuição. Naqueles tempos tristemente carnavalescos do PREC – apesar de ter estado ausente por 3 anos no Rio de Janeiro – percebi bem o que era a política, tanto no sentido nobre do termo, quanto – sobretudo! – no sentido mais desprezível daquilo em que ela se pode tornar…Sem o saber, e formando-me, sempre fui Nacionalista.
(…)Foi assim que, em 1980 me ofereci, junto da organização da manifestação do 1º de Dezembro – levada a cabo, anualmente, pela Vera Lagoa – para colaborar em qualquer coisa útil. Nesse meio cheguei ao conhecimento de dirigentes do Movimento Nacionalista, no qual me vim rapidamente a filiar e a colaborar activamente.
IS - O que distingue o PNR dos outros partidos?
JPC - Tudo! O PNR é um partido Ideológico. Doa a quem doer, os outros partidos, são partidos de carreira, interesses e conveniências. Não se comprometem com ideologias, mas pelo contrário, estão enfeudados a quem os financia, a grupos e são escravos da caça ao voto. Neste pacote refiro-me aos partidos com representação parlamentar e aos pequenos, exceptuando talvez algum de extrema-esquerda.
(…) Ou seja, o PNR é de facto o único partido temido pelo sistema da destruição nacional, mesmo tendo uma reduzida expressão, por enquanto. O sistema, em bloco, teme o PNR, por saber bem e prever, que o Nacionalismo está para ficar; para ficar e para desinstalar os grandes inimigos da Nação.
IS - Até que ponto acredita no nacionalismo?
JPC - Até às últimas consequências! Entendo o Nacionalismo, como que a continuação natural da Família, que é a célula base da sociedade. A Nação – um povo, um território, e uma organização política (Estado) – são uma construção natural, baseada em fortes laços culturais, étnicos e históricos. Um passado comum e um futuro comum, tal como numa Família. Um modo de ser, de estar, de sentir, que lhe é próprio, tal como numa família.Por esse motivo, ao contrário da propaganda mentirosa do politicamente correcto, um Nacionalista não odeia os outros povos. Pelo contrário! Tem o mais profundo respeito pelas outras Nações, porque ama a sua e quer que os outros também a respeitem.
IS - Qual é a posição do PNR em relação ao aborto?
JPC -
(...) PNR, defende a Vida acima de tudo! O PNR não alinha em políticas de degradação do ser humano e da sua dignidade, por isso a posição oficial do PNR é contra o aborto e pela Vida.
IS - E ao casamento e adopção de crianças por "casais" homosexuais?
JPC - Aplicando os princípios de clareza expostos na resposta anterior e que orientam as posições do PNR, também aqui não temos posições tíbias.É bom lembrar que o PNR levou a cabo, no passado dia 17 de Setembro, uma manifestação pública contra o lóbi gay e as suas nefastas pretensões… Foi sobejamente referido que não somos contra aquilo que cada um possa fazer na sua vida privada, pois horroriza-nos o puritanismo hipócrita, mas defendemos valores e princípios. Por isso defendemos a família! Ora sendo nós um partido afirmativo, com ideologia e com causas, é natural que nos oponhamos frontalmente a toda e qualquer tentativa de destruição e corrosão dos valores humanos e sociais.Assim, entendemos que não existe casamento de homossexuais. Chamem-lhe o que quiserem, mas não podemos aceitar uma ofensa e uma banalização à instituição casamento, que só faz sentido na ordem natural das coisas, e isso só se dá entre homem e mulher. Quanto à adopção de crianças por homossexuais, isso então, é o culminar da degradação e do atentado aos valores! O lóbi gay, em uníssono com a esquerda, está apostado em semear a ditadura do relativismo e do tanto faz, destruindo e desmontando tudo o que sejam os valores. Já imaginou o trauma de uma pobre criança ao ser "educada" por homossexuais? Já imaginou o penoso que será para ela dizer que o pai se chama António e a "mãe" se chama Pedro? Ou que a mãe se chama Ana e o "pai" se chama Paula?
IS - Para o PNR os imigrantes são uma espécie de inimigo da nação?
JPC - Não! O inimigo da Nação, não são os imigrantes, pois esses sempre existiram e existirão, tal como existem emigrantes. O inimigo da Nação são os próprios dirigentes e governantes que permitem e incentivam esta invasão para satisfazer os seus interesses. Claro está que, nessa medida, os imigrantes acabam por ser o inimigo "material". Isso não significa que se aplique a todos os imigrantes. Sucede é que estamos perante uma verdadeira invasão! Uma ocupação física da nossa Pátria. E isso é muito grave! O assunto da imigração tem que ser tratado com seriedade, percebendo-se quem devemos aceitar como imigrante, em que áreas laborais, em que locais geográficos, em que condições, etc., e não desta forma irresponsável e criminosa de política de portas abertas. Os grandes inimigos são, por isso, os diversos governantes e as diversas organizações pró-imigração/invasão.
(…) Nada temos contra um imigrante se for pessoa honesta e respeitadora, mas não podemos tolerar que haja imigrantes que não respeitem ou que hostilizem o país que os acolhe. Além disso, nunca podemos prejudicar o nosso povo em nada por via da imigração.Sucede é que o fenómeno da imigração dos últimos anos, já deve ser classificado como invasão. Isso é grave e perigoso.
(…) Há 2 anos atrás o PNR fez uma campanha, intitulada "Portugal envelhece e morre" que referia justamente este tipo de problemas. Advertíamos já então para o perigo real de nos tornarmos minoria dentro da nossa casa. Isto é inaceitável! Não podemos consentir no suicídio de uma Nação, patrocinado, ainda por cima, com o dinheiro dos nossos impostos!Será que este sistema irresponsável, – governantes e organismos – não aprendem com o vandalismo dos "jovens" em França, ou com o terrorismo levado a cabo em Londres, por "ingleses" muçulmanos? Não aprendem com o Kosovo e com a Bósnia?Só os Nacionalistas saberão pois, inverter o rumo nefasto dos acontecimentos. Fica então claro que nada temos contra a imigração ou algum imigrante em particular. Temos isso sim, e muito, é contra a invasão, ocupação física e desrespeito dos invasores e dos responsáveis por essa invasão.
IS - Portugal vive uma crise de ética e de valores. Pensa que os mesmo se têm vindo a perder com o aumento do multiculturalismo?
JPC - As questões anteriores, acabaram de certa forma por focar este aspecto. Quero no entanto, concretizar, alertando para os dois grandes perigos que afligem Portugal e as restantes pátrias europeias: a mundialização capitalista e a mundialização multicultural. São estas duas formas de internacionalismo – artificial e arbitrário – que se digladiam contra o Nacionalismo – natural e genuíno – e que ameaçam a continuidade e harmonia das nações europeias. (…) Isto significa que a destruição dos valores e a política de tábua rasa, consubstanciada na ditadura do relativismo, é obra destas duas vertentes internacionalistas, onde a imigração (migração/invasão) é apenas uma das faces.
IS - Se pudesse tomar 5 medidas imediatas em relação ao nosso pais quais seriam?
JPC -
(…) Assim sendo, elegeria talvez estas seguintes áreas/objectivos onde houvesse uma prioritária tomada de medidas.
1 - Rever a política demográfica: combater o envelhecimento do povo português, combater a desertificação do interior, apoiar a natalidade de portugueses, sobretudo nos locais desertificados, fechar as portas à imigração e repor as fronteiras;
2 - Moralizar as instituições: cortar drasticamente o despesismo público em tantas inutilidades, interesses sectários e mordomias, quer a detentores de cargos, quer a instituições, utilizando esses meios no apoio às famílias e aos reformados;
3 - Reanimar o tecido produtivo nacional: proteger o tecido empresarial nacional e por conseguinte o emprego e os trabalhadores. Garantir salários mínimos condignos e benefícios fiscais para as empresas portuguesas, nomeadamente aquelas que garantam mão-de-obra nacional e sobretudo que contribuam para a fixação e retorno das pessoas em zonas do interior; 4 - Apostar nas energias alternativas: tornar Portugal o mais independente possível em termos energéticos, aproveitando a imensa potencialidade geográfica, os mares, e estudando seriamente as vantagens da energia nuclear.
5 - Restabelecer a segurança: combater de forma eficaz a criminalidade, com determinação e vontade política de o fazer. Garantir a eficaz actuação por parte das forças da ordem e a consequente actuação por parte da justiça. Devolver a dignidade aos polícias, munindo-os de meios e devolvendo-lhes autoridade.
IS - O que é a juventude Nacionalista?
JPC - É o organismo juvenil do PNR, à semelhança de qualquer organização política. (…) Os jovens de hoje, são os homens de amanhã, e nós Nacionalistas, não nos podemos dar ao luxo de desperdiçar e passar ao lado deste imenso potencial humano.Se não os cativarmos, doutrinarmos e mobilizarmos hoje para o nosso combate, uma coisa é certa: a imensa maioria deles perder-se-á definitivamente para outros partidos ou para um eterno encolher de ombros burguês e de indiferença em relação aos destinos e descaminhos da Nação.
IS - Por fim que mensagem quer deixar aos leitores deste blog e todos os jovens em geral, nacionalistas ou não?
JPC - Não aceitem o "pronto a pensar"! Não aceitem de modo acrítico e "carneiro", as "informações", as "verdades", os "estudos" e os "números" que o monstro do Sistema nos impinge diariamente.Pensem pelas vossas cabeças! Questionem as posições oficiais da ditadura do pensamento único, associem vivências, experiências, informações diversas e formem as vossas convicções. (…) Não cedam terreno perante os inimigos da Nação e dos valores e não se conformem com teorias do "mal menor". O mal é sempre mal; e de mal menor em menor, ao fim de algumas décadas encontramo-nos no pior dos males: a ameaça da perda da identidade, da sobrevivência enquanto Povo e Nação, a ameaça da perda da memória colectiva e das raízes. Reajam! Não virem a cara ao combate! É agora ou nunca! Quanto mais tarde, pior. O futuro da Nação Portuguesa depende de um pouco de cada um de nós, mas de todos nós! Não deixemos que a Mãe-Pátria sofra mais e morra. Os filhos da Nação são agora chamados à revolta e à sua defesa! Portugal não morrerá! É a hora!