reality vs non-sense?! stuff?! just feelings though!

sexta-feira, junho 30, 2006

Como criar uma música pop/r&b ao melhor estilo dos EUA!

1 - Apontar numa folha diversos vocábulos interessantes, como: shaking, ass, breasts, baby, boy, heart, bling bling, nasty, sexy, etc.

2 - Criar uma concepção para uma letra. Tem de conter dois grupos de frases diferentes, intercalados por repetições exageradas de refrões. Se incluír uma pequena deixa no final, com um toque diferente, tanto melhor.

3 - Ter muita imaginção ao criar o refrão. Há que lembrar que tem de ser algo bastante sonante e fácil de entrar no ouvido. Usar como cábula o que foi referido no ponto 1.

4 - Arranjar uma cantora (ou várias) à altura da música! Uma mulher calha sempre bem. Convém que seja afro-americana, bem curvilínea e com uma cara e cabelo prontos a serem alterados a qualquer altura do dia.

5 - Alterar o you para ya; don't you para don't 'cha; let them para let 'em; entre outras modificações que ficarão sempre bem.

6 - Como tema para a música, escolher SEMPRE algo que envolva dinheiro, prestígio, mulheres bonitas, homens que largam as mulheres, carros, noite na discoteca, todo o tipo de bens materiais.

7 - A par da criação da música, tem de se inventar uma boa coreografia para mais tarde se filmar o video clip.

8 - A música propriamente dita, deve conter beats de hip hop, com um toque soul, funk, disco, ou puro pop. Uma tendência muito na moda, é utilizar samples de músicas antigas, nomeadamente dos anos 80, como fez Madonna no seu mais recente álbum, e igualmente Rihanna.

9 - Para a música triunfar a 100% nos meandros da MTV e pelos ouvidos de boa parte da população mundial, é quase imperativo contratar um rapper! De preferência já com algum nome na "cena musical americana", como são exemplo disso Snoop Dogg, Pharrell, Ludacris, Jay-Z, etc.

10 - O produto final será qualquer coisa mais ou menos assim: ( Palmas!)


BEYONCE KNOWLES
"Check On It"(feat. Slim Thug)

Swiss Beats
DC - Destiny Child
Slim Thug

[Slim Thug]
You need to stop playing round with all them clowns and the wangstas
Good girls gotta get down with them gangstas
Go head girl put some back and some neck up on it
While I stand up in the background and check up on it

[Chorus]
Ohh Boy you looking like you like what you see
Won't you come over and check up on it, I'm gone let you work up on it
Ladies let em check up on it, watch it while he check up on it
Dip it, pop it, twork it, stop it, check on me tonight

If you got it, flaunt it, boy I know you want it
While I turn around you watch me check up on it
Oohhh you watchin me shake it, I see it in ya faceYa can't take it, it's blazin, you watch me in amazement
You can look at it, as long as you don't grab itIf you don't go braggin, I'ma let you have it
You think that I'm teasin, but I ain't got no reason
I'm sure that I can please ya, but first I gotta read you

[Chorus]
Ohh Boy you looking like you like what you see
Won't you come over and check up on it, I'm gone let you work up on it
Ladies let em check up on it, watch it while he check up on it
Dip it, pop it, twork it, stop it, check on me tonight [x2]

I can tell you wanna taste it, but I'm gone make you chase it
You got to be patient, I like my men patient
More patience, you take might get you in more places
You can't be abrasive, have to know to pace itIf I let you get up on it, you gotta make a promise
That you gone put it on me, like no ones put it on me
Don't bore me, just show me, all men talk but don't pleaseI can be a tease, but I really wanna please you

[Chorus]
Ohh Boy you looking like you like what you see
Won't you come over and check up on it, I'm gone let you work up on it
Ladies let em check up on it, watch it while he check up on it
Dip it, pop it, twork it, stop it, check on me tonight [x2]

[Bun B]
I'm checking on you boo, do what chu do
And while dance I'ma glance at this beautiful view
I'm keep my hands in my pants, I need to glue em w/ glue
I'm in a trance all eyes on you and your crew
Me and my mans don't dance, but to feel ya'll bump and grindIt won't hurt if you gone try one time
They all hot, but let me see this ones mineIts slim thug and DC outta H town

[Chorus]
Ohh Boy you looking like you like what you see
Won't you come over and check up on it, I'm gone let you work up on itLadies let em check up on it, watch it while he check up on it
Dip it, pop it, twork it, stop it, check on me tonight [x4]


Boa sorte !

Alteridade:



do latim, alteru
s. f. Qualidade ou estado do que é o outro; facto ou qualidade de uma coisa ser diferente de outra; colocar o outro no lugar do ser.


« Aprendamos a viver juntos como irmãos; caso contrário, vamos morrer juntos como idiotas »

(Martin Luther King)

No jardim

- Bom tarde Dona Quitéria!
- Ah! Senhor Joaquim! Como vai?
- " AH COMO VAI? " - repetem as crianças em coro, com gargalhadas pelo meio.
- Vai-se andando. Uns dias melhor, outros pior... sabe?
- Ah pois é. Eu trago aqui este jelho muito mau. Este reumático não perdoa. É esta mudança de tempo que é uma chatice.
- " AI O REUMÁTICO " - repetem denovo as crianças com um riso miudinho.
- A quem o diz Dona Quitéria. Eu ando aqui mal da coluna, não durmo nada com as dores.
- Isso é de se ir ao médico. Vá lá ver isso.
- " VÁ VÁ! " - gozam as crianças em coro mais uma vez.
- Ja marquei consulta. Vou a um que me indicaram ali na Avenida da República. Mas é caro aquilo. Só que diz que é bom... vamos ver.
- Meninos meninos!! - exclama em direcção às crianças - Ah, pois muito bem. Eu vim aqui apanhar a fresca com os miúdos - continua, dirigida para o senhor.
- Quem são os gaiatos?
- Ora aquele ali de amarelo é meu neto. É do meu mais velho. É o Ricardo. Os outros três são colegas da escola.
- E tem vagar e cabeça para tomar conta de tanta miudagem? (risos)
- Oh, desde que estejam ali a jogar à bola e entretidos, não me massam. Depois tomam o lanche e voltam para casa deles.
- Avó, segura aqui na bola que nós vamos fazer um jogo ali para a relva - pede o neto à avó com uma respiração ofegante.
- Olha que estás cansado! Bebe aqui água! Ai estes rapazes, só correm já viu?
- (risos) Eles são assim! Só querem é bola. Mais tarde vêm as raparigas.
- Este ainda falta muito! Ainda te de lhe nascer a barba (risos).
- Cada vez é mais cedo, cada vez é mais cedo. Bem, já vou que se faz tarde para a minha sesta. Prazer em vê-la sim?
- Faz bem, vá lá. Eu fico aqui mais um bocadinho até às 16h e pouco.
- Boas tardes Dona Quitéria.
- Até amanhã senhor Joaquim! Oh meninos, não vos quero aí na beira da estrada!! Venham para o meio da relva! Ai, que massada!!
- Que chata avó! Está beeeeem! - exclama o neto.

quinta-feira, junho 29, 2006

won't you come on over, at the side of my sofa ?



« Está quente aqui. Quente, quentinho, estilo ventre. Está-se mesmo bem. Podia ficar aqui mais uns tempos. Podia, a sério. Só no relax, talvez convidar uns amigos, trazer uma boa música, alguma comida e bebida...uma almofadinha, talvez. Tenho que admitir, este sítio é à maneira. Sinto calma, leveza, felicidade...e amor, sim, definitivamente amor. Sinto amor por todo o lado. »

[ by me and lecool ]

A Holanda devia ter ganho....




.... devia ter ganho porque esta é a mulher do Van der Vart!!!

quarta-feira, junho 28, 2006

The Final is that way....

terça-feira, junho 27, 2006

sEmos ?


Nós somos todos iguais.

Ora, o que isto significa na prática?
Racismo? Inveja? Raiva? Xenofobia? Ironia? Escárnio? Hipocrisia?
De certeza que o Senhor Presidente Cavaco Silva não se considerará igual ao menino da fotografia, por mais que tente tranparecer que sim.


Renato Kress (poeta e estudante brasileiro) escreveu:

« Somos todos o mesmo. O uno. Todos somos. Mímicos da pantomima quotidiana, somos todos. Restritos aos mesmos resultados, sempre. Sob a mesma óptica, sob o mesmo teto ideológico.
O cálculo de Descartes estava errado, o demónio existe, e ludibria melhor dando a hipótese de pensarmos a sua existência, como os males da caixa de Pandora, que nos fazem aceitar a sua existência dando luz à esperança, mesmo porque o universo é curvo e os nossos cálculos, lineares, já diria Einstein.
O inferno são os outros como diria Sartre, porque nós... ah, nós! NÓS SOMOS TODOS IGUAIS.
Atados aos mesmos desejos, de luxúria e selvageria. No fundo só queremos sexo. Padre. Mergulhados no mesmo fosso de ganância, velhacaria e avareza.
Na realidade só queremos dinheiro. Gandhi. »



Looking through the past and the people that were part of it !

segunda-feira, junho 26, 2006

vendedor e cliente

- Isto ainda é caro esta aparelhagem.
- Hum... acha? Já fiz o descontinho.
- Mas qual desconto? 3 contos é desconto, ó homem?
- Então já não é um desconto porreirinho? Não posso mexer mais nesse preço.
- Olha que esta hein! Vá, deixe lá homem. Eu levo-lhe o aparelho à mesma.
- Só faz é bem meu amigo. Só faz é bem. Tem aqui uma máquina que é uma categoria.
- Sempre quero ver toda essa categoria quando puser isto a tocar lá em casa.
- Então já não experimentámos aqui e não viu que eram bom o som?
- Pois era, lá isso tem razão. Tocou aí o Quim Barreiros que era uma maravilha. Mas sabe, em casa às vezes não é a mesma coisa, há que desconfiar porque nem sempre é de se fiar.
- Ai que você! Então! Eu estou-lhe a dar a minha palavra de honra. E se houver algum problema traga cá que a gente resolve isso. Tem garantia.
- Vamos lá ver se garante! Faça lá aí a facturinha.
- Concerteza. E vai ver que isto toca tudo. E vai-lhe durar aí uns bons anos.
- Pois, vamos lá ver... isto depois deve ficar para o meu Rui levar para a casa nova.

Click na tampa da caneta, sacodidela no pulso para ajeitar o braço em cima da mesa. Escreve no papel da factura durante alguns segundos e por fim estica o braço em direcção ao cliente:

- Ora faça favor. Aqui tem. Está bom assim? Quer ajuda pra levar isso até ao carro?
- Está bom, obrigadinha. Deixe lá que eu ainda tenho força nos braços (risos). Já não pego num toiro como dantes, mas ainda pego bem neste aparelho (risos).
- (risos) Ah pois claro, e eu não disse o contrário. Muito bem então.

O cliente leva a mão à algibeira, tira alguns euros em trocos e estende a mão na direcção do vendedor com um sorriso malandro:

- Tome lá homem para beber uma cervejinha e comer um croquete ali no Campos.
- Ah muito obrigado! É isso mesmo que vou fazer lá mais pra hora do almoço. Obrigadinha. Já sabe... algum problema, apareça cá! Mas vai-se dar bem com a aparelhagem vai ver! Bom aparelho esse!
- Está bem, está bem. Ora boas tardes!
- Boa tarde e obrigadinha!

domingo, junho 25, 2006

E Parabéns...




... a este senhor (sim, o árbitro russo) por ter batido recordes de apresentação de cartões amarelos e vermelhos durante um jogo!!!

Também por ter contribuído para quebras de tensão e possíveis AVC's sobretudo entre a população portuguesa e holandesa!

E também por ter contribuído para um jogo, aparentemente normal, se ter tornado num circo de incivilizados, de mal educados e com muita falta de profissionalismo.

Mas os actores principais foram os jogadores de ambas as equipas - com destaque (a meu ver, suficientemente claro) para a actuação de certos holandeses - que por mim teriam levado o Globo de Ouro da indisciplina, ou coisa parecida.

Esperemos que com a espectante Inglaterra tal não se repita!

E agora deixo aqui as palavras curiosas de um inglês, também ele amante da blogomania - e com uma opinião muito particular e talvez um pouco nacionalista (?!) acerca da ideia de desporto-rei:

« I'm not particularly interested in this version of football, as I find the diving and play acting disgustingly unmanly. I want to administer The "boot of Justice" (as my scrummaging coach used to say) to the pansies in nylon as they roll around on the floor looking to the ref. for a yellow card.
(...) and I regret that this version of football (aqui refere-se ao rugby) didn't make it to become the Global game, as it is a superior game played by superior people. It is a game that teaches teamwork, courage and respect in a way that soccer clearly does not.
But if England do well, I'll be happy; Hell, I might even watch some games. If not, I've got £50 which says they'll be knocked out by the Quarter finals - probably on penalties, after all - we've got a southgate on our squad. Low expectations cannot be dashed.
(...)
Football's a good game let down by those that play it.
(...)
And yes. The world would be a much better place if every country played Rugby and Cricket.
God, I'm controversial. »


Tem piada... vamos ver se agora a England will do well com os tugas.

Ah pois era...

Antigamente havia uma coisa muito bonita que era a sedução.

sexta-feira, junho 23, 2006

O Rabino que canta...


[ Matisyahu ]


Ontem estive no concerto de Matisyahu com o meu prezado amigo e colega da blogomania (ainda que um pouco ausente), Damon Martin - a propósito, obrigada pelo convite e pelo bilhete.
Confesso que reggae não é dos meus estilos de música preferidos, mas consigo ouvi-lo com interesse e animação sem qualquer problema.
O que eu menos gosto no reggae? O facto de ao longo dos anos ser bastante repetitivo, acabando por, de certa forma, esgotar-se em si mesmo não tendo por isso adquirido grandes inovações.
Mas o "reggae" de Matisyahu é diferente.
Na primeira parte tocou uma banda reggae nacional, com alguns toques de ska e dub pelo meio. Foi agradável!
Suponho que a banda fosse toda de Cascais, mas até não me pareceram ser os típicos meninos que resolvem formar uma banda com uma onda muito discontraída e diferente, só para fazerem género. Estes tocavam mesmo e notava-se que são empenhados.
Não consegui perceber o nome do grupo - ainda que tenha sido supreendida pelo facto de o guitarrista ser primo de um primo meu e eu ter passado alguma parte da minha infância a conviver com ele, mas o tempo e a vida afastaram-nos.

Matisyahu!... gostei!! Foi um bom concerto!
Percebi o tal "reggae" diferente que ele transmite. Há muito rock à mistura. A bateria reina! Os acordes originais e melódicos da guitarra surpreendem! A sua voz ecoante entoa sons únicos! As letras transportam consigo uma revolta desconcertante.
O facto de se assumir como judeu confere-lhe uma certa irreverência.
O concerto teve dois momentos altos: um grande e contagiante solo do baterista (como eu adoro bateria!) e uma parte mais calma que incluiu um chill-beatbox com a ajuda de dois rappers convidados (que pareceram-me serem portugueses).
Destaco ainda o poder de observação de Matisyahu. Parecia querer olhar para cada pessoa ali presente e esboçar o seu sorriso.
Não comunicou muito com as palavras, mas fê-lo agradavelmente com o seu olhar.
A parte má - outra das que igualmente menos gosto no reggae - é o facto de se perceber pouco ou nada do que está a ser cantado devido à dicção e à tentativa de aproximção ao inglês jamaicano, bastante imperceptível.

Bons momentos!


Pequeno apontamento: é de referir que Damon Martin esteve o concerto todo rodeado por uma comunidade nórdica. Eu estava mais para outro lado, por isso não estive tão inserida na dita comunidade. Era vê-lo no meio de louros(as), altos(as) - eles não tinham menos de 1.90m - que tagarelavam num idioma curioso e que dançavam de um modo não menos curioso e cómico. Ele por sua vez, coitado, lá tentava criar o seu espaço no meio daquele reboliço, mas parece que conseguiu.
Por fim, destaco o batimento de palmas de Damon Martin.
Caros leitores, se algum dia o encontrarem num concerto não fiquem ao seu lado, pois ao bater palmas ele excede-se um pouco e abre as mãos para os lados de uma maneira incrível, só para executar um estridente clap clap.

quinta-feira, junho 22, 2006

Dra. Maria Filomena Mónica

Opinião de um tal de Manuel acerca do último livro de Maria Filomena Mónica ("Bilhete de Identidade"), no blog - Grande Loja do Queijo Limiano:

« Se fosse uma obra de ficção o 'Bilhete de Identidade' de Maria Filomena Mónica estaria às portas de ser uma autêntica obra-prima. Se. Não é.

É uma obra amoral e egocêntrica que retrata um percurso errático, desde um berço dourado, até à idade adulta, de uma menina 'bem', que estava 'predestinada' a estar no topo, 'à sua maneira'.

Filomena Mónica vê-se, à distância, como parte de uma casta superior, com direitos e deveres diferentes dos demais.
É uma obra escrita, na primeira pessoa, por alguém absolutamente incapaz de ter sentimentos mais profundos que não os da satisfação do seu próprio interesse.
É uma obra sobre a fachada, a aparência e a traição.
Filomena Mónica, involuntariamente, espelha uma certa crise de valores, onde a única coisa que resta, e tida como certa, é, em bom rigor, o status social, custe o que custar.

Mas o livro é muito mais que o retrato mais ou menos fiel da deriva da autora por este mundo, é também o retrato do, 'pequeno', 'mundo' da autora... de famílias 'bem', que se conhecem umas às outras, que casam umas com as outras e que (julgam? que) 'mandam' em Portugal.
A 'élite', uma 'aristocracia'.
É também o retrato das duas últimas gerações, o qual abarca praticamente toda uma certa burguesia - lisboeta - que não se rebelou contra o Estado Novo, aderindo ao PC, antes 'esperando'.
Da deriva à 'esquerda', primeiro, da 'distribuição' pelos diferentes 'partidos' depois, e da deriva (neo)'liberal', por estes tempos.
É o retrato das certezas absolutas, dos devaneios absolutos, dos direitos absolutos, da arrogância absoluta, o retrato dos que nasceram 'bem', e dos que, de 'fora', tudo fizeram para se 'integrar'.

Literariamente continuo a preferir Ian McEwan, mas vale a pena ler o livro, auto-retrato da autora pretensamente 'à inglesa', mas com toques de um absoluto calvinismo, uma espécie de 'Morangos com açúcar' para intelectuais de pacotilha, escrito com o tradicional, e provinciano, complexozinho de ser 'português'. É que é mesmo um retrato. »



E Maria Filomena Mónica, certa vez afirmou:

“Pela sua natureza, a Universidade é uma instituição que deve ser frequentada pela aristocracia intelectual, que tem como vocação a universalidade e que deve adoptar como critério a exigência. Não é isso que se passa em Portugal. Devido à irresponsabilidade dos governos, ao populismo dos parlamentares e à covardia dos docentes, a Universidade degradou-se para além do que é razoável.”



A propósito do livro, quem não o leu aconselho, pois não é todos os dias que os portugueses escrevem autobiografias tão sem preconceitos.
Eu li. Fascinaram-me todas aquelas páginas. Talvez por ter querido viver na sua época, talvez por achar que detenho um pouco da sua frieza, da sua força de vontade. Talvez por ter querido ter uma mãe assim para ter lutado contra, talvez por ter querido estudar em Oxford e descobrir a Inglaterra dos Beatles - ao fim ao cabo foi mesmo essa realidade de conto de fadas que me fascinou nas suas linhas, foi a impulsividade e a sobrecarga de risco.
De resto concordo com algumas críticas feitas pelo Manuel, quanto ao elitismo e egocêntrismo.

quarta-feira, junho 21, 2006

THE TRIBUTE SESSIONS


Uma homenagem ao maior fotojornalista português na área do desporto.
Nuno Ferrari!

l'ordinateur l'ordinateur...

Portugal é um dos seis países da União Europeia onde mais de metade da população não tem quaisquer competências informáticas básicas.

De acordo com o estudo realizado pelo Eurostat relativo ao ano 2005, a Itália, a Grécia, a Hungria, Portugal e Chipre são os países com os maiores índices de desconhecimento informático na Europa.
Pelo contrário, são essencialmente os países nórdicos que apresentam os melhores indicadores, surgindo em primeiro lugar a Dinamarca, a Suécia e o Luxemburgo.

Em Portugal, este "analfabetismo informático" atinge 54% da população, que é considerada incompetente de acordo com os seis critérios utilizados pelo Eurostat para medir tais capacidades.

Em Portugal, como noutros estados-membros, a educação também é factor determinante das competências informáticas. Só 1% dos estudantes e 5% dos cidadãos com um grau de educação superior e se revelam incompetentes.

Piores que os portugueses, estão os gregos (dos quais 65% não sabem usar um computador), italianos (59%) e húngaros (57%). Chipre e Lituânia apresentam taxas de iliteracia informática de 54 e 53%, respectivamente.
No extremo oposto, aparecem Dinamarca, Suécia, Luxemburgo, Alemanha e Reino Unido onde só menos de um quarto da população se encontra nessa situação.


Eu bem digo para oferecermos viagens à Escandinávia ao nosso governo, mas infelizmente nem dinheiro para isso temos.

[ dados: Jornal de Notícias - http://jn.sapo.pt/2006/06/21/sociedade_e_vida/mais_50_portugueses_conhecimentos_in.html ]

Cristiano Romero - perdão! Ronaldo!



Bola na cabeça. Parece que é só mesmo isso que ele consegue ter lá em cima.

Ah! E gostamos especialmente dos sorrisinhos aflitos e efusivos que ele faz, a olhar para o céu (será para o Senhor?), quando falha um remate ou uma jogada qualquer.

Bom dia!

Recebi um e-mail de uma tal de Twix Tour 2006.
Nem me dei ao trabalho de abrir.
Pra já, porque normalmente não abro e-mails publicitários que aparentemente não me interessarão.
E além disso, o que me levou mesmo a não abrir o e-mail, foi o seu assunto.
Passo a citar: " Atenção! Este e-mail pode não ser para ti "
Ora depois disto, cliquei imediatamente em Apagar.

Futebol naïve

No outro dia, estava eu a assistir ao jogo Portugal-Irão na televisão, quando a certa altura o comentador disse que havia uma falta - a primeira do jogo.
Exactamente no mesmo segundo, após um olhar atento e silencioso desde o começo do jogo, o meu sobrinho de quatro anos acabados de fazer (que estava comigo) também se pronuncia, na minha direcção:

- FALTA!
- Ai é Sebastião?
- Sim. Eu sei. Eu sei que é falta.
- Então explica-me o que é uma falta, porque a tia não sabe.
- É quando um menino empurra outro sem querer e ele cai no chão.
- Aaah...
- E às vezes tem de ir lá um médico e leva-o numa cama para ser tratado, quando tem uma ferida grande.
- Estou a ver que sabes muitas coisas de futebol.
- Também sei o que é um penalty, tia.
- O que é? Isso eu também não sei.
- É quando dois meninos que vão com a bola para marcar golo, caiem sem querer dentro daquele risco branco à volta da baliza... aquele ali, vês?
- Já vi. Muito bem. Ensinas-me muitas coisas. Uau!


Nota: Devido à minha tenra idade e aparência de "miudeca", o meu sobrinho pensa que eu serei pouco mais velha que ele. O esforço que eu fiz para me começar a chamar tia foi enorme - não que eu fisesse muita questão por enquanto - mas são sempre mariquices dos pais. Este pormenor já não está directamente relacionado com o post, mas é engraçado tentar pôr-me no lugar dele e chegar à conclusão de quem será muito mais velho ou pouco mais velho.

terça-feira, junho 20, 2006

will the revolution be televised ?

Tarde solarenga. Estava à janela de minha casa.
Passavam crianças e adolescentes vindos concerteza da escola.
Reparei nas conversas de alguns.
Depois passaram umas senhoras com mais de meia idade a conversar muito alto.
Também me apercebi do que diziam.
Incrível!
Morangos com Açúcar e Caso Vanessa.

Logo após estes espisódios, reflecti vagamente sobre a educação nacional e eis que me surgiu uma vontade de monologar para os meus botões:

- Não seria muito mais interessante, educativo e até mesmo simpático se a televisão portuguesa fosse totalmente diferente do que é?
Mas diferente como?!
Troquemos os pseudo-talk-shows da manhã e da tarde (ou parte do seu conteúdo), os programas de entretenimento, os concursos, os reality-shows, as telenovelas, as séries medíocres e afins, por... por... cultura e algo realmente educativo!
Seria possível esta aparente utopia televisiva?
Era ver a juventude a comentar o programa ou a série da tarde/noite anterior sobre a vida animal, ou sobre o Renascimento, ou ainda sobre a política na Coreia do Norte.
Percebo que seja "saúdavel" haver entretenimento. Mas entretenimento não tem de ser sinónimo de algo fácil, com falta de qualidade e desprovido de qualquer tipo de lição educativa e/ou cultural.
Como seria se, a seguir ao Telejornal, em vez dos típicos concursos onde oferecem dinheiro, das típicas séries para a família e das típicas telenovelas dramáticas e cor-de-rosa tanto brasileiras como portuguesas, transmitissem reportagens mundialmente importantes e programas culturais - daqueles chatos que ninguém nunca tem paciência para ver?
Será que a mentalidade das pessoas seria diferente? Seríamos uma sociedade mais instruída? Os jovens seriam culturalmente mais activos e teriam mais vontade de aprender, conhecer e serem civilizados?
Tendo em conta que a televisão e os media em geral influenciam profundamente a mente da nossa sociedade, sobretudo das camadas mais jovens, talvez esta utopia televisiva só viesse beneficiar o meu país.
Enquanto isso posso ficar a imaginar como seria...

In de Autobus...

Há uns tempos resolvi apanhar um autocarro para voltar para casa.
Era domingo.
O autocarro regressava de Belém.
Alguns turistas no seu interior. Dois casais holandeses destacavam-se, talvez por estarem mais próximos de mim.
Ao passar no Rato, o autocarro parou um pouco - já não me lembro se havia alguma fila, ou se era devido a um suposto sinal de trânsito - e ficamos em frente à Federação Portuguesa de Futebol.
Um dos senhores holandeses, após ter fixado o seu olhar no edíficio da Federação durante uns segundos, diz, com ar sorridente e entusiasmado aos seus companheiros, qualquer coisa como:

- Hey, kijk! Dat is de Portugees Federatie van Voetbal!!

A partir daí pouco mais entendi.
Mas foi bom recordar aquela língua tão perto do meu ouvido.

Outro dia também estive num bar e ouvi vagamente uma conversa longuíssima, toda ela em alemão - pena minha é não perceber uma única palavra, mas estou a trabalhar para isso.

O enriquecimento línguistico é uma dádiva que nenhum de nós deveria desprezar.

segunda-feira, junho 19, 2006

Copianço que opõe o Leste e o Sul aos Nórdicos

Mais de 95% dos alunos da Dinamarca e Suécia garantem nunca ter copiado.
Em contrapartida, não há um único estudante polaco a excluir-se desta prática e 96% dos romenos também são adeptos das cábulas.
Mais de 80% dos estudantes brasileiros, eslovenos e franceses admitem a fraude.
Em Portugal, são pouco mais de um terço os universitários que referem nunca ter recorrido a métodos fraudulenteos nos exames.

Enquanto os países da América Latina e da Europa de Leste são aqueles onde os alunos mais admitem copiar, os nórdicos quase nunca usam métodos fraudulentos.
Pelo meio ficam as Ilhas Britânicas, os Estados Unidos e a Nova Zelândia, onde cerca de 80% dos estudantes referem nunca ter copiado.

Na Europa do Sul, os maiores adeptos das cábulas parecem ser os espanhóis, seguidos dos turcos.
Nesse bloco, com 62,4% dos alunos a copiar em exames, Portugal é mesmo o menos cábula.

Mais de 80% dos nórdicos e cerca de metade dos estudantes das Ilhas Britânicas, Estados Unidos ou Nova Zelândia afirmam que não há qualquer probabilidade de ver um colega a copiar.

Para a grande maioria dos alunos, copiar não é um problema sério.
Por outro lado, parece evidente que, na maioria dos países, as sanções são inexistentes ou insuficientes. De facto, os países onde as sanções percebidas pelos alunos pelo facto de serem apanhados a copiar são as mais graves, correspondem aos que apresentam igualmente menor taxa de cópia.
Por outro lado, é ainda interessante notar que na Suécia nenhum aluno foi apanhado ou viu algum colega ser apanhado a copiar.
Mas em países como o Brasil, a Colômbia, a Polónia, a Roménia ou a Eslovénia, mais de 80% já viram alguém ser apanhado a copiar.

Os países onde os alunos universitários mais admitem copiar nos exames são também aqueles onde o índice de corrupção é mais elevado.
A associação entre corrupção no mundo real dos negócios e a fraude académica está traçada num estudo efectuado pela Faculdade de Economia da Universidade do Porto (FEP), que avaliou 21 países, de quatro continentes. E os resultados mostram uma "forte correlação" entre as duas realidades.
Esta investigação - a de maior dimensão a nível mundial em número de países avaliados - inquiriu mais de sete mil alunos, dos cursos de Economia e Gestão.
Aqueles que serão os homens e mulheres de negócios do futuro e "potencialmente os líderes económicos e políticos".
E a questão, escrevem as autoras, é que se os mesmos padrões éticos prevalecem nos ambientes académico e de negócios, tendo em conta que os comportamentos passados predizem o futuro, "é provável que quem adopte actividades não éticas na sala de aulas as venha também a adoptar no mundo dos negócios".

Assim, os países nórdicos, vistos como os menos corruptos do mundo, apresentam igualmente níveis baixos de incidência de fraude académica. É o caso da Suécia e da Dinamarca, avaliadas no estudo da FEP.
Também as Ilhas Britânicas e a Nova Zelândia, que pontuam baixo no índice de corrupção, apresentam percentagens baixas de alunos que admitem copiar nos exames.

Portugal - onde 62,4% dos alunos universitários, à semelhança do que se passa noutros Estados da Europa do Sul, admitem copiar nos exames às vezes ou quase sempre - aparece também como um dos países onde a corrupção percebida é mais elevada. No topo da tabela que relaciona corrupção e fraude académica surgem países como Polónia, Roménia, Brasil, Eslovénia, Espanha e França.

Está já demonstrado que a corrupção tem uma relação negativa com a competitividade das nações.
E por isso, as instituições de ensino têm que promover uma educação cívica a este nível, promovendo comportamentos éticos que se possam transpor para o mercado de trabalho.
É que a preocupação com a competitividade tem que ser vista a montante, nomeadamente nos padrões éticos que são incutidos no sistema de ensino.
E actualmente, a maior parte dos estudantes não vê o acto de copiar com um acto sério ou como um problema.

[ dados retirados da edição de 18 de Junho do Diário de Notícias - http://dn.sapo.pt/2006/06/18/tema/europa_leste_topo_copia_nordicos_exe.html ]

spiritual vs sceptic vs stupid pride

Outro episódio passado na Índia, entre Maria e David, dois turistas à descoberta daquele país.

- O que foi? - pergunta David.
- Tomei uma decisão. Tenho de fazer uma coisa - diz Maria.
- O quê?
- A Eva esteve a falar-me de um sítio, não longe daqui, que eu gostava de visitar.
- E então?
- Mas não é um daqueles sítios onde se vai só para ver. Para lá ir é preciso tomar o compromisso de ficar, pelo menos, duas semanas.
- O quê? Porquê?
- É um ashram.
- Um quê? O que é isso?
- É um local hindu de retiro para meditação, reflexão e desenvolvimento espiritual.
- Desenvolvimento espiritual? Do que é que estás a falar miúda?
- Olha, não quero falar outra vez destas coisas contigo. Não vale de todo a pena. É óbvio que tu és insensível a... ao que este país está a tentar ensinar-te e por isso acho que devemos cingir-nos aos factos. Vou para um ashram com a Eva, durante pelo menos duas semanas.
- Hum... então é isso.
- Isso o quê?
- Abandonaste-me. É isso. Estou sozinho no meio da Índia a partir de agora... ok.
- Não, não estás. Percebo que não queiras vir connosco para o ashram, mas podemos sempre encontrar-nos...
- Tens toda a razão em dizer que não vou para o ashram. Não quero que um punhado de hare krishna me faça uma lavagem ao cérebro. Nem pensar. Não vou para lado nenhum que...
- Pára. PÁRA! Não quero ouvir mais nada. Os teus preconceitos são...
- PRECONCEITOS! Não tenho preconceitos nenhuns, só não quero acabar em plena Lisboa com a cabeça rapada, com uns trajes curiosos e a dizer a toda a gente que a amo.
- É a isso que se chama preconceito, David, caso não saibas o que a palavra quer dizer. Estamos a falar de uma religião, com centenas de milhões de fiéis, e tu não consegues pensar em mais nada a não ser numa... numa... manifestação ocidental tipicamente distorcida de uma filosofia oriental. És tão tapado que eu não percebo porque é que te deste ao trabalho de vir para cá.
- Nem me vou atrever a responder a isso. Simplesmente estás a abandonar-me por uma ideia que te imposeram agora na cabeça. Sim, essa tua amiguinha.
- O quê? Eu estou a responder a um chamamento. Se quiseres podes juntar-te a mim ou ir ter comigo mais tarde, mas eu não vou sacrificar esta oportunidade só por causa da tua estreiteza de espírito.
- E eu não vou ficar à tua espera. Tenho um itinerário que vou continuar a seguir. Há um país inteiro à espera que eu o visite. Não posso perder o meu tempo aqui, pois não? Acabaria por enlouquecer. Não vale a pena vir à Índia e não ver nada, ou estar parado sem fazer nenhum. Tenho de me pôr a andar. Tenho de ir para Goa.
- A impanciência é um estado de espírito tipicamente ocidental. Não percebes isso, mas tornas-te uma imitação de ti próprio.
- Uma imitação de mim próprio? Essa é para rir!
- O que queres dizer com isso?
- Tu... tu... tu tornaste-te uma idiota. É a única maneira de o dizer. E nem sequer tens personalidade suficiente para te tornares uma imitação de ti própria. Tornaste-te uma imitação de outra pessoa qualquer. Apesar de a Eva ser uma das pessoas mais idiotas que alguma vez pisaram a Terra, tu decidiste transformar-te nela! É patético!
- Se me tivesses dito isso há uma semana, teria ficado chateada. Felizmente para ti, nos últimos dias fiz progressos consideráveis, fiz bastante meditação e já me conheço suficientemente para que um estúpido patético como tu consiga atingir-me. O meu verdadeiro eu é impermeável a pessoas como tu. Podes dizer o que quiseres que, pura e simplesmente, não me ofendes, seu... seu MERDAS! SEU OTÁRIO! SEU PSEUDO-HOMEM FRACO, ANTIPÁTICO, RIDÍCULO, FALSO! ODEIO-TE E NÃO QUERO VOLTAR A VER-TE, SEU ANORMAL DE MERDA! METES-ME NOJO!


[ Adaptação de um excerto do capítulo "Então é isso", retiradodo livro "A viagem da minha vida - pela Índia de mochila às costas", de William Sutcliffe ]

THE TRIBUTE SESSIONS - apontamento:

Como já devem ter reparado pelo ultimo post, teve inicio uma nova era neste blog.
"The Tribute Sessions" será uma rubrica que irá pôr em evidência grandes talentos nas mais diversas áreas.
Será prestada a devida homenagem através de uma referência no blog, podendo esta ser em vídeo, fotografia, som ou texto!
Enjoy...

THE TRIBUTE SESSIONS

The best bass player in the world.... I'm pleased to announce. Mr Victor Wooten !


spiritual vs sceptic

Maria, que viajava com David há um mês e meio pela Índia, encontrou, no albergue onde estavam instalados, em Manali, uma antiga colega sua dos tempos da Escola de Música, a Eva.
Falam num tom bastante alegre e carinhoso:

- É tããããão bom ver-te - diz Eva, ao mesmo tempo que aperta a mão de Maria.
- E que coincidência - remata Maria.
- É incrível!
- Espantoso mesmo.
- E de onde vieste, há quanto tempo estás por cá?? - pergunta Maria.
- Eu e uma amiga minha, a Anne, que entretanto já se foi embora, acabámos de passar três meses numa colónia de leprosos em Udaipur.
- O QUÊ ?!?! - exclama David, deixando cair o livro, que estava a tentar ler, no chão.
- Sim. Foi fantástico. - responde Eva imediatamente.
- Passar três meses numa colónia de leprosos?! Porque é que fizeram isso?
- Oh é espantoso!
- Pois é, eu sempre quis fazer isso - disse Maria.
- O quê?? - exclamou David, tendo recebido como resposta um olhar fulminante de Maria.
- Eu fiquei uma pessoa diferente. O meu karma é completamente diferente. Aprendi tanta coisa sobre mim, sobre o sofrimento. Dei alguma coisa à Índia, como troca do que ela me tem dado - explicou Eva com uma voz doce.
- Mas... não é perigoso? - perguntou David.
- Não sejas parvo, achas que sim? A lepra é uma doença curável desde que seja atacada numa fase inicial. E não é nem pouco mais ou menos tão contagiosa como as pessoas pensam.
- Mas... é repugnante.
- Tem de se ultrapassar isso. Ali as pessoas estavam numa fase incurável. As pessoas são as mais mutiladas do que em qualquer outro lado e é preciso lavá-las, ajudá-las a andar e tentar ajudá-las a viver com a doença.
- Lavá-las? - perguntou David com o maior ar de nojo possível expresso na sua face.
- Sim. Fiquei viciada nisso, acredita.
- O QUÊ??
- A príncipio é horrível, mas quando nos habituamos é a melhor sensação de sempre. Sentimo-nos pessoas boas. O nossa karma fica positivo. Sentimos que nos depojamos de todos os privilégios com que nascemos e ficamos reduzidos a simples pessoas que esfregam as costas a um leproso moribundo, sujo e cheio de crostas. É absolutamente fantástico.
- Meu deus - comenta David.
- Cala-te! És um insensível preconceituoso - diz Maria.
- Pronto está bem. Outra vez não - responde David.
- Bem, não vão começar a discutir, espero - diz Eva. - Eu até estou meio adoentada, perdi dez quilos...
- Perdeste dez quilos? - pergunta Maria espantada.
- Sim, perdi.
- Uau, que sorte - diz Maria com um sorriso.
- Mas estou a começar a ficar preocupada porque tenho andado a desmaiar, e por outro lado mentalizei-me que não acredito em médicos.
- Como é possível não acreditares em médicos e teres estado a trabalhar num hospital? - pergunta David.
- Não era um hspital, era um hospício - disse Eva - E tinha curandeiros em vez de médicos.
- Qual a diferença?
- Os médicos curam a doença. Os curandeiros curam a pessoa.
- E a qual deles é que se vai por causa da caganeira?
Maria lançou um olhar desperado a David.


[ Adaptação de um excerto do capítulo "Foi mesmo Fantástico?", retiradodo livro "A viagem da minha vida - pela Índia de mochila às costas", de William Sutcliffe ]

Rap dos Matarruanos !




E depois de três posts tão out da filosofia deste blog, mostrando uma realidade negra e doentia que infelizmente existe em Portugal e pelo mundo - mas que eu não consegui evitar de expôr aqui - nada melhor que uma boa dose de humor com os Gato Fedorento.
Enjoy it.

domingo, junho 18, 2006

EXTREMA DIREITA EM PORTUGAL - PARTE III

Excerto de uma entrevista feita a José Pinto Coelho, dirigente do Partido Nacional Renovador (PNR), retirada do blog já referido nos posts anteriores (In Silencio):

In Silencio (IS) - Diga-nos quem é José Pinto-Coelho? Idade? Actividade profissional paralela à actividade no partido?
José Pinto Coelho (JPC) - Sou lisboeta, oriundo de uma família tradicional (segundo a catalogação da nossa cultura social), tenho 45 anos, casado e sou designer gráfico.
IS - Tem filhos?
JPC - Sim. Cinco.
IS - Quando e porquê se iniciou na politica?
JPC - Até ao 25 de Abril de 74, quando tinha 13 anos, nem sequer sabia o que era política. No entanto, por pura intuição, detestei logo essa madrugada "libertadora". Os dias e anos seguintes vieram dar sentido à minha intuição. Naqueles tempos tristemente carnavalescos do PREC – apesar de ter estado ausente por 3 anos no Rio de Janeiro – percebi bem o que era a política, tanto no sentido nobre do termo, quanto – sobretudo! – no sentido mais desprezível daquilo em que ela se pode tornar…Sem o saber, e formando-me, sempre fui Nacionalista.
(…)
Foi assim que, em 1980 me ofereci, junto da organização da manifestação do 1º de Dezembro – levada a cabo, anualmente, pela Vera Lagoa – para colaborar em qualquer coisa útil. Nesse meio cheguei ao conhecimento de dirigentes do Movimento Nacionalista, no qual me vim rapidamente a filiar e a colaborar activamente.
IS - O que distingue o PNR dos outros partidos?
JPC - Tudo! O PNR é um partido Ideológico. Doa a quem doer, os outros partidos, são partidos de carreira, interesses e conveniências. Não se comprometem com ideologias, mas pelo contrário, estão enfeudados a quem os financia, a grupos e são escravos da caça ao voto. Neste pacote refiro-me aos partidos com representação parlamentar e aos pequenos, exceptuando talvez algum de extrema-esquerda.
(…)
Ou seja, o PNR é de facto o único partido temido pelo sistema da destruição nacional, mesmo tendo uma reduzida expressão, por enquanto. O sistema, em bloco, teme o PNR, por saber bem e prever, que o Nacionalismo está para ficar; para ficar e para desinstalar os grandes inimigos da Nação.

IS - Até que ponto acredita no nacionalismo?
JPC - Até às últimas consequências! Entendo o Nacionalismo, como que a continuação natural da Família, que é a célula base da sociedade. A Nação – um povo, um território, e uma organização política (Estado) – são uma construção natural, baseada em fortes laços culturais, étnicos e históricos. Um passado comum e um futuro comum, tal como numa Família. Um modo de ser, de estar, de sentir, que lhe é próprio, tal como numa família.Por esse motivo, ao contrário da propaganda mentirosa do politicamente correcto, um Nacionalista não odeia os outros povos. Pelo contrário! Tem o mais profundo respeito pelas outras Nações, porque ama a sua e quer que os outros também a respeitem.
IS - Qual é a posição do PNR em relação ao aborto?
JPC - (...) PNR, defende a Vida acima de tudo! O PNR não alinha em políticas de degradação do ser humano e da sua dignidade, por isso a posição oficial do PNR é contra o aborto e pela Vida.

IS - E ao casamento e adopção de crianças por "casais" homosexuais?
JPC - Aplicando os princípios de clareza expostos na resposta anterior e que orientam as posições do PNR, também aqui não temos posições tíbias.É bom lembrar que o PNR levou a cabo, no passado dia 17 de Setembro, uma manifestação pública contra o lóbi gay e as suas nefastas pretensões… Foi sobejamente referido que não somos contra aquilo que cada um possa fazer na sua vida privada, pois horroriza-nos o puritanismo hipócrita, mas defendemos valores e princípios. Por isso defendemos a família! Ora sendo nós um partido afirmativo, com ideologia e com causas, é natural que nos oponhamos frontalmente a toda e qualquer tentativa de destruição e corrosão dos valores humanos e sociais.Assim, entendemos que não existe casamento de homossexuais. Chamem-lhe o que quiserem, mas não podemos aceitar uma ofensa e uma banalização à instituição casamento, que só faz sentido na ordem natural das coisas, e isso só se dá entre homem e mulher. Quanto à adopção de crianças por homossexuais, isso então, é o culminar da degradação e do atentado aos valores! O lóbi gay, em uníssono com a esquerda, está apostado em semear a ditadura do relativismo e do tanto faz, destruindo e desmontando tudo o que sejam os valores. Já imaginou o trauma de uma pobre criança ao ser "educada" por homossexuais? Já imaginou o penoso que será para ela dizer que o pai se chama António e a "mãe" se chama Pedro? Ou que a mãe se chama Ana e o "pai" se chama Paula?

IS - Para o PNR os imigrantes são uma espécie de inimigo da nação?
JPC - Não! O inimigo da Nação, não são os imigrantes, pois esses sempre existiram e existirão, tal como existem emigrantes. O inimigo da Nação são os próprios dirigentes e governantes que permitem e incentivam esta invasão para satisfazer os seus interesses. Claro está que, nessa medida, os imigrantes acabam por ser o inimigo "material". Isso não significa que se aplique a todos os imigrantes. Sucede é que estamos perante uma verdadeira invasão! Uma ocupação física da nossa Pátria. E isso é muito grave! O assunto da imigração tem que ser tratado com seriedade, percebendo-se quem devemos aceitar como imigrante, em que áreas laborais, em que locais geográficos, em que condições, etc., e não desta forma irresponsável e criminosa de política de portas abertas. Os grandes inimigos são, por isso, os diversos governantes e as diversas organizações pró-imigração/invasão.
(…)
Nada temos contra um imigrante se for pessoa honesta e respeitadora, mas não podemos tolerar que haja imigrantes que não respeitem ou que hostilizem o país que os acolhe. Além disso, nunca podemos prejudicar o nosso povo em nada por via da imigração.Sucede é que o fenómeno da imigração dos últimos anos, já deve ser classificado como invasão. Isso é grave e perigoso.
(…)
Há 2 anos atrás o PNR fez uma campanha, intitulada "Portugal envelhece e morre" que referia justamente este tipo de problemas. Advertíamos já então para o perigo real de nos tornarmos minoria dentro da nossa casa. Isto é inaceitável! Não podemos consentir no suicídio de uma Nação, patrocinado, ainda por cima, com o dinheiro dos nossos impostos!Será que este sistema irresponsável, – governantes e organismos – não aprendem com o vandalismo dos "jovens" em França, ou com o terrorismo levado a cabo em Londres, por "ingleses" muçulmanos? Não aprendem com o Kosovo e com a Bósnia?Só os Nacionalistas saberão pois, inverter o rumo nefasto dos acontecimentos. Fica então claro que nada temos contra a imigração ou algum imigrante em particular. Temos isso sim, e muito, é contra a invasão, ocupação física e desrespeito dos invasores e dos responsáveis por essa invasão.

IS - Portugal vive uma crise de ética e de valores. Pensa que os mesmo se têm vindo a perder com o aumento do multiculturalismo?
JPC - As questões anteriores, acabaram de certa forma por focar este aspecto. Quero no entanto, concretizar, alertando para os dois grandes perigos que afligem Portugal e as restantes pátrias europeias: a mundialização capitalista e a mundialização multicultural. São estas duas formas de internacionalismo – artificial e arbitrário – que se digladiam contra o Nacionalismo – natural e genuíno – e que ameaçam a continuidade e harmonia das nações europeias. (…) Isto significa que a destruição dos valores e a política de tábua rasa, consubstanciada na ditadura do relativismo, é obra destas duas vertentes internacionalistas, onde a imigração (migração/invasão) é apenas uma das faces.

IS - Se pudesse tomar 5 medidas imediatas em relação ao nosso pais quais seriam?
JPC - (…) Assim sendo, elegeria talvez estas seguintes áreas/objectivos onde houvesse uma prioritária tomada de medidas.
1 - Rever a política demográfica: combater o envelhecimento do povo português, combater a desertificação do interior, apoiar a natalidade de portugueses, sobretudo nos locais desertificados, fechar as portas à imigração e repor as fronteiras;
2 - Moralizar as instituições: cortar drasticamente o despesismo público em tantas inutilidades, interesses sectários e mordomias, quer a detentores de cargos, quer a instituições, utilizando esses meios no apoio às famílias e aos reformados;
3 - Reanimar o tecido produtivo nacional: proteger o tecido empresarial nacional e por conseguinte o emprego e os trabalhadores. Garantir salários mínimos condignos e benefícios fiscais para as empresas portuguesas, nomeadamente aquelas que garantam mão-de-obra nacional e sobretudo que contribuam para a fixação e retorno das pessoas em zonas do interior; 4 - Apostar nas energias alternativas: tornar Portugal o mais independente possível em termos energéticos, aproveitando a imensa potencialidade geográfica, os mares, e estudando seriamente as vantagens da energia nuclear.
5 - Restabelecer a segurança: combater de forma eficaz a criminalidade, com determinação e vontade política de o fazer. Garantir a eficaz actuação por parte das forças da ordem e a consequente actuação por parte da justiça. Devolver a dignidade aos polícias, munindo-os de meios e devolvendo-lhes autoridade.
IS - O que é a juventude Nacionalista?
JPC - É o organismo juvenil do PNR, à semelhança de qualquer organização política. (…) Os jovens de hoje, são os homens de amanhã, e nós Nacionalistas, não nos podemos dar ao luxo de desperdiçar e passar ao lado deste imenso potencial humano.Se não os cativarmos, doutrinarmos e mobilizarmos hoje para o nosso combate, uma coisa é certa: a imensa maioria deles perder-se-á definitivamente para outros partidos ou para um eterno encolher de ombros burguês e de indiferença em relação aos destinos e descaminhos da Nação.

IS - Por fim que mensagem quer deixar aos leitores deste blog e todos os jovens em geral, nacionalistas ou não?
JPC - Não aceitem o "pronto a pensar"! Não aceitem de modo acrítico e "carneiro", as "informações", as "verdades", os "estudos" e os "números" que o monstro do Sistema nos impinge diariamente.Pensem pelas vossas cabeças! Questionem as posições oficiais da ditadura do pensamento único, associem vivências, experiências, informações diversas e formem as vossas convicções. (…) Não cedam terreno perante os inimigos da Nação e dos valores e não se conformem com teorias do "mal menor". O mal é sempre mal; e de mal menor em menor, ao fim de algumas décadas encontramo-nos no pior dos males: a ameaça da perda da identidade, da sobrevivência enquanto Povo e Nação, a ameaça da perda da memória colectiva e das raízes. Reajam! Não virem a cara ao combate! É agora ou nunca! Quanto mais tarde, pior. O futuro da Nação Portuguesa depende de um pouco de cada um de nós, mas de todos nós! Não deixemos que a Mãe-Pátria sofra mais e morra. Os filhos da Nação são agora chamados à revolta e à sua defesa! Portugal não morrerá! É a hora!

EXTREMA DIREITA EM PORTUGAL - PARTE II

Excerto de uma entrevista feita a "Camisa Negra" , autor do blog Fascismo em Rede (http://www.fascismoemrede.blogspot.com/), retirada do blog citado no post anterior (In Silencio):

In Silencio (IS) - Para começar quem é o Camisa Negra? O que faz profissionalmente? Idade? Quais são os seus interesses? Tem filhos?
Camisa Negra (CN) - O Camisa Negra é obviamente uma personagem de ficção.
É uma criatura, logo de certa forma um alter ego do criador; mas este não interessa. O Camisa Negra nasceu a 7 de Fevereiro de 2004, e desde aí a sua ocupação a tempo inteiro tem sido a de colocar fascismo em rede, empresa que se lhe afigurou do maior interesse e da maior urgência, dada a falta que se fazia sentir. E o fascismo nunca é demais…Filhos propriamente ainda não tem, embora viva com a esperança de fazer criação (o que não pode fazer sozinho, como é lógico), espalhando por aí algumas sementes.

IS - O que lhe falta (ao nacionalismo), que medidas tomaria?
CN - Em primeiro lugar, falta-lhe esta noção realista da sua justa medida. Enquanto alguns nacionalistas agirem convencidos que o mundo inteiro está a olhar para eles, sem se aperceberem que na realidade são só eles os cinco e mais vinte mirones, não haverá qualquer possibilidade de alcançar importância real. Temos que ser inflexíveis na análise dos factos, e não andarmos aos saltos a proclamar vitórias que não ultrapassam o círculo fechado da nossa tribo. O mundo é grande, mas devemos fazer um esforço para manter uma visão global dele, e sermos capazes de distinguir o que é a realidade e o que são meras projecções dos nossos desejos. Conseguindo esta frieza metódica, creio que podemos muito bem encontrar projectos viáveis que nos conduzam a alguma influência real.

IS - O que pensa da nossa democracia?
CN - Tento pensar nela o menos possível. Não consigo, porque ela não me deixa. Está presente para onde quer que me volte, e receio que a sua permanência, como um pântano, seja algo muito custoso de remover. Trata-se de um regime nascido de um impulso suicidário dos portugueses, esquecidos de que manter Portugal era difícil e implicava tributos pesados. Agora quase todos se dão conta dos custos que ela tem, mas como acontece com certas amantes caras: bem se sabe o que elas são, mas dizer-lhes adeus também é complicado.
IS - Seria o Fascismo uma solução? Porquê?
CN - Não. Não existem soluções feitas. As soluções poderão ser encontradas se os portugueses tiverem a vontade e a capacidade de as criar, de as inventar, de as construir. Para isso o fascismo é só uma imagem, uma visão inspiradora gravada nas páginas da História. O futuro não sabemos o que será, mas seguramente não será igual ao passado.
IS - Identifica-se com o movimento skinhead?
CN - Por fatalidade, a minha falta de cabelo vai-me aproximando perigosamente dessa estética. Mas que não se atribua importância ao que não a tem: como dizia Fernando Pessoa, por dentro das coisas é que as coisas são. O que se aplica ao caso, seja qual for o aspecto exterior das cabeças.
IS - Por fim umas últimas palavras aos nacionalistas espalhados por Portugal.
CN - Não se resignem, nem se demitam. Sejam orgulhosos e insolentes na afirmação da vossa fidelidade a Portugal. Sejam insubmissos, e façam tudo o que estiver na vossa mão para que depois da vossa passagem Portugal fique mais forte. É que nós só estamos de passagem; mas a nação continuará, tal como a deixarmos.

EXTREMA DIREITA EM PORTUGAL - PARTE I

Excertos de entrevistas feitas a Mário Machado - dirigente da organizção Frente Nacional - retirados do blog In Silencio (http://insilencio.blogspot.com/):

In Silencio (IS) - O que fazes profissionalmente?
Mário Machado (MM) - Sempre trabalhei na área da Segurança, fui porteiro de um bar de strip, de 2 discotecas muito conhecidas da Capital e actualmente sou segurança particular(Body Guard).
(...)
A familia é o elo mais fraco no meio disto tudo, separei-me, tenho 2 filhos que raramente os vejo e isso tráz-me alguns problemas de índole emocional, raramente vejo os meus pais, e os restantes familiares ainda menos, por preferir quase sempre o movimento à familia, este natal por exemplo passei com 3 camaradas que não tinham para onde ir em vez de passar com a familia biológica, e preferi que os meus filhos passasem o natal com a respectiva mãe, é claro que tudo isto mexe com uma pessoa, mas acredito que um ideal está acima de tudo e que a minha familia são 10 milhões de portugueses, como tal tudo justifica as horas que abdiquei dos meus meninos para poder no futuro lhes dar a eles e a outros milhares uma vida que se coadune com os ideais que eu defendo.
E se não conseguir, pelo menos morrerei tentando e não como um cobarde que abandona o campo de batalha, cheguei a um ponto que já não há retorno!

IS - Frente Nacional e Portugal Hammerskins o que são? Diferenças entre eles e como "aderir"?
MM - A FN é um movimento político que tem como objectivo promover o activismo nacionalista e ser a locomotiva desse mesmo ideal, produzindo manifestações, conferências, propaganda, sites, jantares de convivio, estreitamento de relações com organizações congêneres nacionais e internacionais etc.
O processo de adesão à FN é bastante simples, o membro indica o proponente, tendo que necessáriamente o conhecer pessoalmente e atestar pela sua integridade, a 1 dos 10 membros da direção e estes aprovam ou não a sua entrada.
Aos activistas da Frente Nacional pede-se que estejam presentes sempre que possivel nos eventos da mesma e nestes possam contribuir com a sua dedicação e empenho para que se alcance os objectivos pré-determinados.
Nenhum membro da PHS está autorizado a falar sobre a organização e eu vou respeitar essa directiva.

IS - O que pensas da mentalidade liberal e multicultural da nossa juventude?
MM - É o que lhes impõe a comunicação social, os partidos e os lobbies maçónicos, gays e afins, quando estes cairem cai tambem na nossa juventude essa mentalidade.

IS - Umas ultimas palavras para os nacionalistas e patriotas portugueses.
MM - Ajudem-nos nesta luta que é a de salvar Portugal, antes que seja tarde demais.. Abaixo de ti, nunca!Acima de ti, nunca!Ao teu lado, sempre!


Os excertos que se seguem foram retirados de uma entrevista dada ao Correio da Manhã, dia 27 de Maio de 2005, a propósito do "Caso Coruche":

«Mário Machado, segurança, foi um dos cinco cabeças-rapadas identificados sexta-feira pela GNR de Coruche. Diz que foi ao local para ajudar a população e promete voltar com mais ‘skins’ caso os confrontos se repitam com a comunidade cigana.»

Correio da Manhã (CM) – Qual foi a vossa intenção, em Coruche, na semana dos incidentes com famílias ciganas?
Mário Machado (MM) – Queríamos apoiar a população. Achámos que estavam a sofrer represálias da comunidade cigana. Ameaçaram que se iam juntar para enfrentarem a população branca de Coruche. Como brancos, devíamos ajudar, já que as forças de segurança não correspondem às expectativas. Deslocámos cinco nacionalistas para averiguar quantas pessoas seriam precisas e qual a gravidade da situação. Fomos identificados na esplanada do café, meia hora depois de termos chegado. Não tínhamos uma única arma.
CM - Pensam voltar?
MM – Se a situação se agravar, sim. E desta vez, com mais gente. Depois da nossa presença, em Coruche, trinta pessoas registaram-se no Fórum. O que mostra que somos necessários.
CM -Mas o que é que querem fazer à comunidade cigana?
MM – Queremos que compreendam que esta não é a terra deles. Para estarem aqui têm de se comportar segundo as normas da sociedade.

(...)

CM - No concerto de Poceirão, a 7 de Maio, houve um grande o aparato policial.
MM – Que não se justificou. Não ocorreu um único incidente. Temos a preocupação de realizar os maiores eventos longe dos centros urbanos, para não sermos facilmente provocados, por agentes provocadores. Se nos deslocamos 60km, é para estarmos e deixarmos todos sossegados. Infelizmente não vi a mesma GNR em Coruche, quando a população o solicitou. Somos tratados como criminosos e os imigrantes criminosos como as vítimas. É lamentavel.
CM - Após o concerto, a GNR fez uma operação ‘stop’ que não detectou nenhum condutor alcoolizado.
MM– Seguindo o espírito de mente sã em corpo são, as pessoas não exageraram no consumo alcoólico. Os condutores que se submeteram ao teste acusaram 0,0 de álcool. Gostaria que tais operações policiais se fizessem à saída da Festa do Avante, ou das festas do Bloco de Esquerda, e que nos mostrassem os resultados.

(...)

CM - Como é que a comunidade ‘skin’ se organiza em Portugal?
MM – Noventa por cento do universo ‘skinhead’ não está organizado. Os outros 10 por cento organizam eventos a que a maioria responde.
CM - O movimento ‘skinhead’ está ligado ao Partido Nacional Renovador?
MM – Sim. O movimento está ligado a todos os partidos políticos europeus que defendam os interesses nacionais e étnicos da população nativa. Mas também existem ‘skins’ que odeiam o PNR devido a problemas internos. O movimento está mais ligado à Frente Nacional, e esta ao PNR.
CM - Por que é que vos associam à violência?
MM – Porque infelizmente se um nacionalista cometer um crime, foi um crime nacionalista. Se for um comunista, foi apenas um indivíduo. Nós não somos provocadores, somos é facilmente provocados.


PERFIL
Mário Machado, de 28 anos, entrou aos 13 para a Juventude Leonina, uma das claques do Sporting.
Deixou-se ir na moda dos ‘skinheads’, porque, diz, “gostava da maneira de vestir”.
Os livros e a ideologia vieram mais tarde. Hoje é um apaixonado por Hitler. Segurança de profissão, foi condenado, em 1997, a uma pena de prisão de quatro anos e três meses por envolvimento na morte de Alcindo Monteiro – crime ocorrido em 1995, no Bairro Alto, em Lisboa, e que levou à condenação, no Tribunal Criminal de Monsanto, de 17 cabeças-rapadas. Mário Machado consta dos registos criminais das polícias europeias.


[ Nota: Mário Machado tem um blog. Quem o quiser consultar: http://homemlobo.blogspot.com/ ]

+ R.I.P. Senhor António +

Conversa numa drogaria lisboeta:

- Ora muito bom dia menina Júlia! Como está a menina? Bons olhos a vejam!
- Bom dia! Estou bem obrigada.
- Então e a mãe está bem?
- Está sim, muito obrigada. Vai tudo bem.
- Então o que vai ser? Quer mais um pente para a sua colecção? Já sei que a menina Júlia gosta muito de pentes. (risos)
- (risos) Não, não. Já tenho lá muitos em casa, já me chegam. Depois não sei o que fazer com tantos pentes. Eu queria saber se tem resina líquida.
- Resina?
- Sim, resina líquida, tipo cola.
- Hum... eu não tenho disso, nem nunca ouvi falar, se não estou em engano para comigo próprio. Então, mas para que queria isso a menina?
- Era para fazer um trabalho em casa. É uma espécie de quadro. Eu queria comprar uma placa de madeira grande, ou de outro material, depois quero partir garrafas de vidro usadas, tipo de refrigerantes e assim, depois ponho a resina líquida nessa tal superfície e por fim coloco os vários pedaços de vidro e fica um quadro com um efeito muito engraçado. São ideias minhas!
- E isso tem mesmo de ser com essa resina? É que não conheço tal coisa. Há parafina líquida, há vários tipos de cola, há água-rás, mas essa tal resina não conheço.
- Deixe lá então. Eu hei-de comprar primeiro a placa, e depois consoante o material que for, tento arranjar uma cola apropriada para aquilo fixar bem.
- Mas quem lhe disse para usar resina menina Júlia?
- Vi na televisão. Eu tirei esta ideia de um programa de bricolage e trabalhos manuais inglês. Lá falavam para usar resina líquida para colar os vidros.
- Ah, está bem. Mas se calhar são produtos lá dos ingleses e cá não temos disso. Bom, não sei que lhe diga, mas realmente não conheço. E tenho pena porque gosto sempre de ajudar os meus clientes. Agora arranjou-me aqui uma questão! (risos) Só lhe posso aconselhar cola!
- Oh, não se preocupe. É isso mesmo, eu devo arranjar uma cola entretanto. Isto também não é para já. É para fazer mais para o fim do verão.
- Pois faz a menina senão bem. Está muito calor por agora. Este calor não pede muitos trabalhos, pede descanso, praia e passeios, ora não tenho razão?
- Tem tem! Também hei de fazer muita praia! Bom, vou indo. Então muito obrigada na mesma.
- Não tem de quê menina Júlia! Só que realmente não lhe posso ajudar com a resina, pena minha, pena minha.
- Nã faz mal, provavelmente não vendem mesmo disso em Portugal.
- Pois, sabe que eu acho que é mesmo isso. Não deve ser produto de cá.
- Talvez não. Bem, obrigada e bom dia!
- Muito bom dia para a menina e dê lá cumprimentos à mãezinha. Não a tenho visto.
- Ela tem estado mais ocupada ultimamente e não anda tanto por aqui.
- Ah, concerteza. Então um bem haja e volte sempre menina Júlia. Muito gosto em vê-la.
- Igualmente, obrigada. Bom dia. Até logo.

sexta-feira, junho 16, 2006

Documentário sobre o Funk brasileiro

L'enfant terrible


[ Pete Doherty ]

Lead singer of the band Babyshambles and co-frontman of the band The Libertines.
Ex-boyfriend of supermodel Kate Moss.
Addicted to heroine, cocaine and crack.
He's currently undergoing drug rehab in Portugal.
Up to arrests and tabloid scandals.

The stupid girl


[ Paris Hilton ]

She's blond, tall and skinny, go to parties and has a little puppy.
She's an heiress to the Hilton fortune.
Famous american socialite.
She has dabbled in modeling, acting, singing, and writing.
Showed up in a sex video tape with her ex-boyfriend Rick Salomon and then it was leaked onto the internet.

quinta-feira, junho 15, 2006




Au soleil
M'exposer un peu plus
Au soleil
Quand le coeur n'y est plus
Brûler ce que l'on adore
Et réchauffer son corps

tudo o que não queria ver !

Acabei de ver uma fotografia da minha prima de 15 anos, na noite dos Santos Populares, na Bica, com um copo de cerveja na mão !!!!!

Compreensível, mas igualmente chocante, pois até há pouco tempo imaginava-a com uma barbie na mão, em vez do tal copo.

quarta-feira, junho 14, 2006


Sejam muito bem vindos ao mais antigo festival do país... uma festa de alguns para todos.

Este é emigrante tuga no Brasil!

GO SWEDEN


I bet and I'll win !

atenção: bifes só em inglês !


« This is America. When ordering speak ENGLISH. »

Constou-me, através do Público, que no estado de Filadélfia, só se podem fazer pedidos no Geno's Steaks em inglês. Caso contrário, aquele senhor barrigudo não aceitará a vossa encomenda.

Advice: people from Philadelphia and tourists who are visiting the city, if you'll move your ass to try Geno's Steaks, you'll have to order in another language, even if you don't know it quite well.
We want that man out of business! Right?

OPA com a EDP

Hoje a minha mãe excedeu-se especialmente.
Saiu cedo.
Eu acordei depois e dei de caras com o seguinte cenário (às 9h30): duas luzes da casa de banho acesas; a luz da dispensa acesa; a luz da mesa de cabeceira do quarto dos meus pais acesa; a aparelhagem ligada a tocar baixinho na rádio Europa.

É o cúmulo da energia logo de manhã!

sábado, junho 10, 2006

Boa m !!


[ Little Britain ]


Ontem, enquanto jantava, assistia ao Gato Fedorento na RTP.
Quando o programa acabou, reparei no genérico final, depois pensei no programa em si e cheguei a uma conclusão.
Provavelmente pessoas que conhecem alguns programas humoristicos interenacionais também já terão chegado a essa mesma conclusão.

O programa Gato Fedorento é uma tentativa de imitação da sitcom inglesa transmitida pela BBC, Little Britain.

E quando digo imitação não é de maneira nenhuma num sentido prejurativo, até porque os rapazes têm bastante jeito e transmitem a essência do homem português da maneira mais inteligente possível.
Ambas as séries são, a meu ver, do melhor que por aí anda em termos de humor!

sexta-feira, junho 09, 2006

Nicolau


I ain't no vision...
I am the girl who loves you, inside and out
Backwards and forwards with my heart hanging out
I love no other way
What are we gonna do if we lose that fire?

[ Feist - Inside and Out. E vale muito a pena ouvir o último álbum Let it Die]

Balanço do Festival de (suposto) Rock da Cerveja... que não é definitivamente a Sagres !


(Nota: fotografia retirada do site: www.twixtour.com - Festival Super Bock Super Rock, dias 25 e 26 de Maio)


Só vou poder falar dos dois últimos dias de Festival, pois foram os únicos em que estive presente.

Dia 7 - Cartaz repleto de bandas pop-rock, ainda que mais rock (post-punk e por aí).
Grande noite que começou com Editors. Teriam tido mais impacto se tocassem mais tarde em vez de ter sido às 18h, altura em que o sol ainda estava bem lá a aquecer-nos as cabeças e corpos e a prejudicar-nos a visão. Apesar disso, foi um óptimo concerto dominado pelo som das suas guitarras!
Os belgas Deus , conhecia pouco, mas vi tudo. Gostei de algumas partes, da originalidade do vocalista, mas em termos instrumentais achei que não tocaram nada de especial tendo muitas vezes dado a sensação que faziam mais "barulho" do que música propriamente dita.
Quanto a The Cult e Keane, pouco tenho a dizer, porque não lhes prestei tanta atenção (confesso que estive grande parte do tempo sentada numa esplanada do recinto a conversar - digam lá que não é normalissimo num festival??).
Ainda assim, ouvi alguma coisa das duas bandas. A primeira tocou algumas músicas que me agradaram. A segunda, tem um som mais fácil de entrar no ouvido. Basicamente só gostei de ouvir os hits mais conhecidos.
The Legendary Tiger Man, os únicos portugueses que realmente vi a actuar, é bastante interessante e há que investigar também outras bandas do mesmo género: Wraygunn, X-Wife, etc.
Franz Ferdinand... que momento! Deram tudo o que tinham para dar! Foi um grande concerto, tocaram todas as músicas que queriamos que tivessem tocado. Transmitiram toda a energia que estavamos à espera que transmitissem! Surpreenderam-nos com toda a sua originalidade musical. Visualmente foi indescrítivel. O público era civilizadissimo e estava excelente. E por fim, aquele Scottish accent veio completar toda a elegância desconcertante da banda. Valeu muito a pena!

Resumindo: Para mim foi uma óptima noite bem passada ao som de música sempre interessante, contagiante, com muitas gargalhadas, com um amigo que fazia anos nessa mesma meia noite e com mais uns episódios cómicos pelo meio. Talvez para o ano haja mais, com outras bandas e com outros episódios.

Dia 8- Tive a triste infelicidade de querer ir a este dia de festival. Triste infelicidade porquê? Porque descobri que gosto muito pouco de hip hop. De facto divirto-me a ouvi-lo, porque gosto de dançar e os beats não me deixam estar parada, mas de resto diz-me muito pouco. Pelo menos o hip hop que fui ouvir naquela noite.
Entrei no recinto ao som de Boss Ac. Não gosto do rapaz.
Estava com alguma espectativa quanto a Pharrell Williams, mas desiludiu-me um pouco. A mensagem que transmitiu não era a mais agradável. Ainda assim cantei e "bouncei" (do Americano - essa lingua tão criativa- , bounce).
50 Cent foi... hum... deplorável? Desagradável? Revoltante deve ser a palavra mais indicada.
Não há muito a dizer: três macacos em palco (quando digo macacos não me refiro à cor da pele, mas sim ao barulho que saia das suas cordas vocais) com uma vestimenta curiosa, acessorizada com correntes, cruzes e brincos de diamante, a executar gestos não menos curiosos e a gritar frases ainda não menos curiosas como: "Smoke weed, get drunk, and fuck".
Entretanto, em todas as músicas ouvia-se o som de tiros a torto e a direito.
A par deste espetáculo, passavam partes de vídeos com armas, mulheres semi-nuas e garrafas de bebida, nos ecrãs laterais. Um dos macacos fumou uma ganza em palco, apelando a nós para também o fazemos.
Ficamos também a saber que o senhor 50 Cent está zangado com outra estrela do hip hop americano, aparentemente seu discípulo, de nome The Game, tendo também incitado o público a esticar o dedo do meio no ar e a dizer: "Fuck You The Game".
A acompanhá-los estava ainda uma jovem de sorriso simpático que também cantarolava.
Só resta mesmo dizer que se encontravam no recinto várias crianças com idades inferiores a 12 anos, acompanhadas pelos pais que também gesticulavam e gritavam com elas.
Não estou apta para comentar o concerto de Patrice, porque não gosto particularmente do senhor e não me agradou muito a sua actuação ao vivo, ainda que tenha sido de certo modo a mais interessante e civilizada.
Quanto às bandas portuguesas, só destaco os Mind da Gap que têm um hip hop engraçado e fácil de entrar no ouvido. Mercado Negro é uma imitação dos veterenos Kussondulola.

A única questão que levanto aqui é: como é que Portugal foi aderir de modo tão fácil à filosofia de 50 Cent e ainda por cima, arrastando as suas crianças consigo?

quinta-feira, junho 08, 2006

Que nostalgia...


.... lembro-me de escrever dois posts no ano passado sobre um tal de "batido no parapeito" (arquivos: Junho 2005) feito por uns vizinhos meus na altura, em Amesterdão.
Agora lembrei-me disso tudo.
Porquê? Porque estou a beber um batido de morango.
Mas aquele dos holandeses era especial... era feito no parapeito de uma janela de Linnaeusparkweg, o que fazia com que absorvesse toda aquela magia, que só quem presenciou sabe do que se trata.
Era ver frutas e mais frutas, leite, muitas gargalhadas, a entrarem dentro da liquidificadora. O mais interessante é que era tudo num parapeito.
O meu não foi feito num parapeito, nem em terras tão liberais... mas valeu pela nostalgia.

Hello Future !

Parabéns!

Informo à população portuguesa que os senhores el-gee e sobreolho foram promovidos na sua actividade profissional mais rentável.
Passaram de meros estagirários a colaboradores oficiais no negócio do "bilhete da candonga".
Parabéns!
Agora sim, fazem oficialmente parte desta rede, sendo eu uma das master dealers.
A partir daqui vai ser só progredir...

segunda-feira, junho 05, 2006

In Japan they really dress like this !



Tokyo - Harajuku quarter

wicked japanese people !



Tokyo - Harajuku quarter

domingo, junho 04, 2006

E tu, como cumprimentas ?

Um beijinho (por muitos considerado mais elitista)?
Um "toque de cara" de raspão?
Dois beijinhos (bem portugueses)?
Três beijinhos (bem internacionais)?
Um shake-hands?
Um pequeno ou grande abraço?
Um simples "olá"?

Há sempre uma certa confusão ao cumprimentar em Portugal - ainda que oferecer dois beijos seja o mais comum, e o aperto de maõs também, em situações menos intímas.

sábado, junho 03, 2006

nederland



- Senhor Manuel Inácio, é o seguinte: eu simplesmente quero usar algumas das suas ovelhas para fazer publicidade à minha empresa. Só é preciso vesti-las com uma capa... até as aquece mais veja lá!

sexta-feira, junho 02, 2006

Incredibile ! Dia da Criança... na terra reclamada...



Apesar de um dia de atraso (tendo em conta a suposta universalidade da data), não poderia deixar de ficar indiferente a este disparo de indignacão...

«Em Hebron, na Cisjordânia, onde a violência é uma constante, alunos de uma escola do Hamas assinalam o dia participando num desfile com armas de brinquedo
(in Público)

O boom do jornaleco sai à rua !

Desde quando é que em Portugal há a tradição da leitura?
Então não somos nós que fazemos parte de um país com reduzidos índices de leitura?
Em termos da chamada imprensa cor-de-rosa, talvez consigamos bater recordes (ou serão recordes de cusquice?!), mas penso não ser motivo de orgulho especial para nenhum português.
E isto tudo para dizer o quê?

Pois é... mas que mania é esta agora de nos oferecerem jornais - por mais mínimos e insignificantes que sejam - a torto e a direito?

Há o jornal do Metro, para "animar" os passageiros.
Há o jornal Destak, que costuma estar no metro e também em centros comerciais, por exemplo.
Agora também já encontrei o Destak Bem-Estar & Saúde - uma maneira mais que óbvia para nos alertarem para o descuido físico (e a par disso, psicológico também).
Há o jornal da Região - este nunca mais vi por aí.
Há o jornal da área de residência - que normalemte envolve umas cinco áreas diferentes, e que muitas vezes pouco em comum umas com as outras, tanto em termos geográficos, como habitacionais.
Há (ou havia) uma pequena revista (chamada Viva, se bem me lembro) com entrevistas e factos/notícias sobre as Avenidas Novas.

E eis que, hoje ao acordar me dirijo à sala de minha casa e encontro a minha mãe, acabada de chegar da rua com grande ar atarefado, trazendo consigo dois ou três sacos de compras da mercearia e do Pingo Doce, e entre aquela confusão há alguma correspondência e publicidade.
Saltam-me logo à vista uns jornais de aspecto diferente.
E lá encontrei eu mais dois exemplares nunca antes captados pela minha visão: o jornal da minha Freguesia - este por acaso já tinha visto em tempos - e um outro tão inesperado jornal, intitulado Avenida de Roma - e tem site (www.avenidaderoma.com) com livraria online, consultório jurídico e correio do leitor.

Agora pergunto eu: o que será que tanto querem informar ou dar a conhecer às pessoas nestes pequenos e selectos jornais?

quinta-feira, junho 01, 2006

Dia da Criança na América do Norte..


(E.U.A.)

Dia da Criança na América do Sul..


(Brasil)

Dia da Criança na América Central..


(Nicarágua)

Dia da Criança na Oceânia..


(Nova Zelândia)

Dia da Criança em África..


(Sudão)

Dia da Criança na Ásia..


(Vietnam)

Dia da Criança na Europa...



( Dinamarca e Alemanha)

Portugal alegremente caricaturado !

O seguinte texto foi retirado de um panfleto sobre Portugal, numa agência de viagens brasileira.
E eu, por sua vez, "roubei-o discretamente" de um post no blog da Maísa Champalimaud e amigas, que passo desde já a publicidade (http://g8maisrussia.blogspot.com/), para os mais curiosos pelo dia-a-dia e pensamentos de um grupo de oito amigas de tenras idades e com muitas hitórias para contar.
Agora, o texto:

"Lisboa em ascensão turística. A capital de Portugal, Lisboa, é a porta de entrada na Europa.
A cidade oficial está em ascensão turística. O idioma oficial é o português, mas fala-se fluentemente o espanhol (desde quando??). É uma civilização marcada por diferentes costumes, de origem europeia e africana. Sua arquitectura é essencialmente gótica (ai é?).
Banhada pelo Oceâno Pacífico (a mim parece-me que é o Atlântico!) e tendo como princial rio o Tejo, Lisboa tem entre os seus vultos históricos nomes importantes da história do Brasil (não será ao contrário?), haja vista que fomos colónia portuguesa.
D. Pedro I e II, D. João VI e D. Maria Leopoldina, entre outros, figuram em nomes de ruas, museus e demais patrimónios públicos. Lisboa é uma cidade plana (então e a "cidade das 7 colinas" é apenas uma utopia?), de velhos mas bem conservados casarios, clima tropical húmido (talvez para lá caminhe.. mas por enquanto ainda não), temperatura variável, fria no Inverno e quente no Verão, mas nada comparável ao calor brasileiro. Graças ao estreito Gibraltar (???), Portugal liga-se também ao Atlântico.
O curioso é que 2/3 da capital portuguesa desapareceram após a II Guerra mundial (sempre pensei que fosse após o terramoto de 1755), mas o primeiro ministro de então, Marquês de Pombal, providenciou a recuperação de ruínas, com orientação de excelentes arquitectos, preservando a originalidade das construções (...)."


In "Turismo & Negócios"
(publicação brasileira especializada em viagens - as citações entre parêntisis e a cor destacada, são da própria Maísa, não podendo eu achar mais perfeitas que estas)

Como o Brasil nos ama. E como nós amamos o Brasil!

(esta aqui é minha)